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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Rússia confirma que venderá mísseis de cruzeiro à Síria

P-800 Yakhont
A Rússia cumprirá o contrato de fornecimento de mísseis de cruzeiro P-800 Yakhont para a Síria, declarou no sábado o ministro da Defesa da Rússia, Anatoliy Eduardovich Serdyukov.

“O contrato está em fase de cumprimento”, destacou Serdyukov aos meios de imprensa em Vladivostok, extremo oriente do país.

Em setembro de 2010, Serdyukov reiterou que a Rússia cumpriria o contrato de fornecimento dos mísseis P-800 Yakhont à Síria, acordado em 2007. Entretanto, Israel e os EUA se opuseram a venda desse tipo de armamento à Damasco. O míssil P-800 Yakhont é da categoria supersônica e pode abater navios inimigos a distância de 300 km, desde a costa e no mar.

Os P-800 Yakhont, podem ser disparados de sistemas móveis, pode transportar uma carga explosiva de até 200 quilos e pode voar muito baixo, o que dificulta sua detecção e destruição.

As autoridades israelenses temem que a arma possa cair nas mãos do Hizbollah, mas Moscou não compactua desse receio.

Rússia poderá convidar especialistas ucranianos para cooperar no projeto de seu novo ICBM

O Ministro da Defesa da Rússia, Anatoliy Eduardovich Serdyukov, declarou ontem que a Rússia poderia convidar especialistas ucranianos para integrar o programa de seu novo ICBM.

“A Rússia convidará os especialistas da empresa ucraniana Yuzhmash, más, em todo caso, isso seria objeto de negociações”, disse Serdyukov.

O vice-ministro da Defesa, Vladimir Aleksandrovich Popovkin, anunciou no último dia 23 de fevereiro, que a Rússia iniciou o desenvolvimento de um míssil que substituirá os modelos SS-18 Satan, SS-19 Stiletto e SS-25 Sickle conhecidos no mundo inteiro.

De acordo com o Tratado de Lisboa de 1992, três ex-satélites da URSS (Bielorrússia, Ucrânia e Cazaquistão) comprometeram-se a destruir seus respectivos armamentos nucleares e não desenvolver e nem produzir armas nucleares estratégicas.

Políticos alemães são atacados por criticarem Israel

Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Uma disputa está fermentando na Associação Alemã-Israelense em torno de uma questão fundamental: quão abertamente os políticos alemães podem criticar as políticas do Estado judeu?

Dirk Niebel, um membro do Partido Democrático Livre (FDP) pró-negócios da Alemanha, não é conhecido por sua reticência. Mas quando se trata de criticar Israel, Niebel, que passou um ano vivendo em um kibutz quando era jovem, sempre foi cauteloso. Como sinal de sua solidariedade, ele se tornou vice-presidente da Associação Alemã-Israelense (DIG), um grupo ferrenhamente pró-Israel, em 2000. Era um relacionamento estreito, pelo menos até o ano passado.

Como ministro para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, ele planejou uma viagem à Faixa de Gaza em junho passado para visitar uma usina de tratamento de esgoto no território palestino, financiada pelo governo alemão. Quando os israelenses lhe negaram acesso à usina, Niebel se referiu à decisão como um “grande erro de política externa”. No calor do momento, ele acrescentou que “o tempo está se esgotando” para Israel.

As maiores críticas a essa declaração não diplomática não vieram de Jerusalém, mas sim de casa, de vários membros da DIG. “Niebel deveria saber que Israel, dada a situação tensa, tem pouco apreço por visitas demonstrativas, independente de quão bem-intencionadas”, criticou Claudia Korenke e Jochen Feilcke, membros da DIG.

Desde então, há uma disputa fundamental entre os defensores de Israel sobre a direção de seu movimento, uma disputa repleta de insultos e acusações. Ela gira em torno de poder, cargos e da pergunta sobre quanta crítica às políticas de Israel pode ser permitida entre seus amigos.

Obrigação histórica

Devido ao Holocausto e à responsabilidade alemã pela Segunda Guerra Mundial, a solidariedade para com o Estado judeu fundado em 1948 é um princípio básico da política alemã. A segurança de Israel faz “parte da razão de ser de meu país”, disse a chanceler Angela Merkel em um discurso ao Parlamento israelense, o Knesset, em 2008.

Desde a criação da DIG em 1966, o apoio à instituição é visto como a coisa certa a se fazer na política alemã. Seus membros incluem o ministro da Defesa, Rudolf Scharping, o ex-ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, e o ex-ministro do Trabalho, Norbert Blüm. Reinhold Robbe, o ex-comissário para as forças armadas federais, é o presidente do grupo. A DIG recebe apoio financeiro do governo federal e mantém laços estreitos com a embaixada israelense. Todos os partidos com cadeiras no Parlamento alemão, o Bundestag, exceto o Partido de Esquerda, nomeiam um vice-presidente para a DIG.

Mas o atual comportamento da associação está longe de amistoso. A disputa surgiu após o ataque do exército israelense ao navio turco que levava suprimentos de ajuda humanitária para os palestinos, em maio passado. Nove pessoas morreram no incidente e as ações israelenses foram criticadas em todo o mundo. O Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, também adotou uma resolução unânime exigindo a suspensão por Israel do bloqueio à Faixa de Gaza, para irritação dos fundamentalistas da DIG que cercam Feilcke, um ex-membro do Parlamento pela União Democrata Cristã (CDU).

O presidente de 68 anos do grupo da DIG para Berlim e Potsdam, disse: “Israel é um espinho na carne do mundo não democrático. Ele precisa de nosso apoio pleno”.

Feilcke não gosta quando Niebel critica Israel, mas ele ficou ainda mais irritado com a resolução do Bundestag, que os vice-presidentes da DIG apoiaram. “Eu achei que havia algo errado com eles”, ele disse.

‘Com ideologia até os joelhos’

No encontro anual da associação no final do ano passado, Feilcke e seus aliados exigiram a saída dos membros do Parlamento de seus cargos de vice-presidentes da DIG. Quando ele fracassou, Feilcke renunciou. Mas ele não tem intenção de abandonar a luta. Em um artigo na próxima edição da revista da DIG, Feilcke argumenta que a organização deve apoiar posições “independentemente das resoluções do Bundestag ou das decisões nas convenções dos partidos”.

“Pessoas como Feilcke não ocupam mais cargos, o que é bom”, disse Niebel. Marieluise Beck, uma parlamentar pelo Partido Verde e uma vice-presidente da DIG, se queixou de “partidaristas” que nem deveriam estar na DIG.

Beck escreveu um ensaio para a DIG em comemoração ao 60º aniversário do Estado de Israel. No final, ela escreveu sobre a “política de ocupação” da Palestina e disse ser uma “dádiva” o fato de israelenses e alemães poderem discutir esses assuntos atualmente.

Mas Beck não esperava as objeções altamente emocionais que se seguiram. “É difícil imaginar que estou sendo atacada por alguns membros da DIG”, disse Beck. Por semanas, ela recebeu e-mails questionando sua amizade com Israel. A política, que serviu por muitos anos no grupo parlamentar alemão-israelense, e no conselho diretor da DIG, agora está convencida de que “sempre que você fizer uma declaração, você estará com ideologia até os joelhos”.

Niebel tirou suas próprias conclusões. “A amizade com Israel não significa obediência cega”, disse o ministro. “É ok dizer a Israel quando está cometendo erros, primeiro nos bastidores, mas se isso não funcionar, então publicamente.”

No último encontro anual, Niebel, citando limitações de tempo, decidiu não buscar um novo mandato como vice-presidente da DIG. “Mas as críticas também facilitaram a minha saída”, ele disse.

Negócios de armas com a Líbia voltam a assombrar a Europa

Sukhoi Su-35BM: A Líbia até pouco tempo negociava a aquisição do poderoso caça russo, dentre outras armas. O caça é considerado o melhor caça da 4,5ª geração.
Helicópteros da Itália, armas de fogo de Malta e tecnologia de comunicações da Alemanha: quando o embargo de armas à Líbia foi suspenso em 2004, o ditador do país, Muammar Gaddafi, foi às compras na UE. Hoje ele usa aquelas armas contra sua população - para vergonha da Europa.

Os 27 Estados da UE pararam todas as exportações de armas para a Líbia, enquanto continua a violência contra o levante popular no país do norte da África. Uma porta-voz de Catherine Ashton, a alta representante da UE para Relações Exteriores, disse que recebeu informações de que "todo o negócio de armas e licenciamento (com a Líbia) está suspenso por todos os países (da UE) envolvidos".

O fato de que a política britânica parece mais uma observadora do que uma tomadora de decisões se explica, porque as exportações de armas na UE são responsabilidade de cada país individual. Realmente, o governante líbio, Muammar Gaddafi, pôde facilmente estocar depois que terminou o embargo de armas de 18 anos a seu país, em 2004. Segundo um relatório europeu, países membros da UE forneceram ao ditador equipamento de defesa no valor de 344 milhões de euros somente em 2009.

Mas líderes europeus podem estar lamentando ter concedido as permissões de exportação, agora que Gaddafi está usando aquelas armas contra sua população rebelde. Por exemplo, a Itália repetidamente forneceu helicópteros e outras aeronaves para o país norte-africano; em 2009 essas exportações chegaram a pouco menos de 108 milhões de euros. Hoje os refugiados líbios relataram que foram alvejados por helicópteros.

Também se fizeram perguntas sobre outros países que aprovaram exportações em grande escala. As forças de segurança podem ter usado contra os manifestantes armas de fogo que foram possivelmente entregues através de Malta. "Não temos fábricas de armas em Malta", disse um porta-voz do ministério.

Redes de celular bloqueadas

A questão das exportações alemãs também é complexa. Depois que o embargo foi levantado, os negócios de armas alemãs com a Líbia foram rapidamente retomados. As exportações da Alemanha para a Líbia atingiram o valor de 53 milhões de euros em 2009, o terceiro maior da Europa. Mas mais de 80% destas recaíram na categoria ML11 da UE, que envolve amplamente equipamento militar eletrônico. "Nenhum sistema de armas completo parece ter sido exportado da Alemanha desde a década de 1980", diz Mark Bromley, do Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional (Sipri), em Estocolmo, Suécia.

No entanto, as exportações alemãs ainda poderão provocar críticas - porque a categoria ML11 inclui embaralhadores eletrônicos. O regime Gaddafi tem bloqueado as redes de telefones celulares e GPS na Líbia há dias - possivelmente com a ajuda da tecnologia alemã - para evitar que os manifestantes possam se comunicar entre si.

Também há controvérsias sobre a tecnologia de radar que a Alemanha forneceu à Líbia para ajudar a proteger suas fronteiras. Em 2010 a UE prometeu dar ao ditador 50 milhões de euros para que a Líbia evitasse que refugiados africanos atingissem as costas da Europa. Mas esse e outros acordos parecidos agora estão voltando a morder a UE, segundo Bernhard Moltmann, do Instituto de Pesquisa para a Paz em Frankfurt (Prif). "A situação na Líbia ilustra o problema fundamental de que os efeitos de longo prazo das transferências de armas não são levados em conta", ele disse a "Spiegel Online".

Se as coisas tivessem sido ligeiramente diferentes, porém, alguns países da UE poderiam facilmente se encontrar em uma situação muito mais estranha hoje. Depois do fim do embargo, países como Itália, França e Reino Unido estavam positivamente cortejando as encomendas de Trípoli. Um acordo realmente maciço nunca ocorreu, entretanto. "Se um dos grandes negócios tivesse dado certo, poderia ter sido muito embaraçoso", diz Bromley, da Sipri.

Formado em academia militar é dispensado por objeção de consciência

Michael Izbicki
A pergunta que mudou a vida de Michael Izbicki surgiu num exame psicológico que ele fez pouco tempo depois de se formar em 2008 entre os melhores de sua turma na Academia Naval dos EUA: se recebesse a ordem, ele lançaria um míssil com ogiva nuclear?

O guarda-marinha Izbicki respondeu que não – e sua resposta deu início a uma jornada pessoal e a uma batalha legal de dois anos que terminou na terça-feira, quando a Marinha confirmou que ele havia sido dispensado do serviço por objeção de consciência.

Nesse processo, Izbicki, 25, deixou de ser um aspirante na tropa de submarinos nucleares, onde estudava taxas de mortalidade, para se tornar morador de uma pequena comunidade Quaker pacífica a poucos quarteirões do Rio Thames, onde ele reza várias vezes por dia, estuda hebraico e ajuda na horta orgânica.

Ele é um dos poucos formados pelas academias militares do país a serem dispensados por objeção de consciência nos últimos anos. E embora cada caso seja profundamente pessoal, sua longa batalha por uma dispensa honrada oferece um vislumbre de um lado raramente visto da experiência militar na era pós-serviço obrigatório, em que todos são voluntários: o incrível desafio que todos os membros do serviço enfrentam – especialmente os formados nas academias militares – ao se matricularem ainda adolescentes para se tornarem guerreiros e depois mudarem de ideia sobre sua disposição para matar na vida adulta.

A Marinha lutou duro contra seu pedido, quase da mesma forma que o Exército contestou o requerimento de objeção de consciência do capitão Peter D. Brown, um formado em West Point e veterano de guerra do Iraque que foi dispensado em 2007 depois de uma batalha demorada no tribunal.

Os formados na academia militar responderam por apenas uma dúzia dos cerca de 600 requerimentos para dispensa por objeção de consciência entre 2002 e 2010, disseram porta-vozes dos diversos ramos do serviço militar. Desses pedidos, menos da metade foram aprovados. E como muitos outros requerentes da academia, de acordo com advogados que lidam com casos desse tipo, Izbicki recebeu a dispensa só depois de levar seu pedido a um tribunal federal.

A Marinha rejeitou o requerimento de Izbicki duas vezes, questionando a sinceridade de suas crenças apesar do apoio de vários capelãos da Marinha e do testemunho de dois membros da Yale Divinity School que disseram que suas convicções religiosas lhes pareciam maduras e sinceras.

Um comandante da Marinha sugeriu que a tendência pacifista do tipo de cristianismo que Izbicki abraçou era inconsistente com a fé cristã comum. O mesmo comandante comparava os Quakers, que apoiaram Izbicki, ao culto suicida do reverendo Jim Jones e seu Templo do Povo.

J.E. McNeil, diretor-executivo do Centro de Consciência e Guerra, uma organização sem fins lucrativos de Washington que ajuda os membros do serviço militar a passarem pelo processo de objeção de consciência, disse que um caso como o de Izbicki representa um desafio profundo para os militares.

“Até então você era alguém que eles achavam que seria um líder”, disse McNeil. “Eles passaram quatro anos o treinando. E agora você não quer ter nada a ver com aquele mundo.”

A União Americana das Liberdades Civis do Connecticut, que entrou com um processo federal em prol de Izbicki em novembro pedindo a revogação da decisão da Marinha, anunciou na terça-feira que a Marinha havia concedido a dispensa. Izbicki, que continuou trabalhando numa função de escritório da Marinha, pode ter de reembolsar o serviço militar, parcial ou totalmente, pelos gastos com sua educação, disseram suas advogadas, Sandra Staub, diretora-legal da ACLU do Connecticut, e Deborah H. Karpatkin e Vera M. Scanlon, de Nova York.

Mike McLellan, porta-voz da Marinha, disse que Izbicki havia sido dispensado por objeção de consciência porque “o Comando de Pessoal da Marinha determinou que havia provas suficientes para satisfazer as exigências para a dispensa e determinou que dispensá-lo fazia parte dos interesses da Marinha.”

Izbicki, finalista da Bolsa Nacional de Mérito no colegial, escolheu a academia naval de Annapolis, Maryland, entre vários outros colégios, incluindo o Instituto de Tecnologia da Califórnia, que ofereceu a ele uma bolsa de quatro anos, porque ele sentia a obrigação de servir seu país durante a guerra, disse aos investigadores durante seu pedido de dispensa.

Ele cresceu frequentando missas cristãs em San Clemente, Califórnia, e continuou frequentando a igreja durante seus quatro anos na academia, onde o cristianismo é a religião dominante. Os cadetes devem estudar a teoria da “guerra justa” em seu primeiro ano, uma doutrina que justifica a ação militar, baseada principalmente nos escritos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

Foi só em seu último ano que Izbicki registrou uma sensação de incômodo em relação à “franqueza com a qual as pessoas falavam sobre matar”, disse ele em seu requerimento. Ele escreveu: “o treinamento não fez jus aos ideais de guerra justa da forma como eu os imaginava. Eu via fórmulas para calcular o número e os tipos de mortes que resultariam de usar cada um dos sistemas de armas. Nós calculávamos a extensão das mortes de civis e se esses números eram politicamente aceitáveis.”

Ainda assim, disse Izbicki, ele continuou convencido de que as crenças cristãs poderiam se reconciliar com a cultura militar e que, enquanto oficial, ele seria capaz de promover a mudança a partir de dentro.

Depois de se formar na academia, ele recebeu um diploma de mestrado em engenharia da computação na Universidade Johns Hopkins em preparação para o que ele esperava que fosse uma carreira em submarinos nucleares.

Mas Izbicki disse que também começou a explorar seu compromisso com o cristianismo. Ele estudou os Evangelhos, leu muito sobre a história antiga da igreja, fez aulas de hebraico para poder ler o Velho Testamento no original e começou a medir sua fé de acordo com o fundamento evangélico: “o que Jesus faria?”.

Foi sob essa luz que ele se deparou com o exame que questionava sobre o lançamento de um míssil nuclear, no começo de 2009, logo depois de ter sido designado para a escola para marinheiros de submarino no Comando de Treinamento em Poder Nuclear em Charleston, Carolina do Sul. Ao ver a pergunta colocada daquela forma, ele disse que foi impossível esconder seu pacifismo emergente por mais tempo.

“Eu percebi que não poderia ser responsável por matar ninguém”, explicou mais tarde.

Sua resposta o levou a um teste psicológico e a uma consulta com um capelão da Marinha, que foi o primeiro a sugerir que Izbicki considerasse pedir dispensa por objeção de consciência.

“Eu nunca tinha de fato ouvido falar nisso”, disse Izbicki, um homem reservado e de fala mansa, numa entrevista na semana passada na Casa de São Francisco, uma residência Quaker. “Era uma daquelas coisas que as pessoas faziam nos anos 60.”

As transcrições das audiências de seus dois requerimentos de dispensa – que em parte se parecem com uma corte marcial, e em parte com provas orais para um doutorado – têm mais de 700 páginas. Eles incluem perguntas esotéricas sobre a teoria da “guerra justa”, as cartas de São Paulo e os protocolos conhecidos como as Seis Habilidades da Estratégia Marítima da Marinha dos EUA.

As crenças de Izbicki foram questionadas intensamente em busca de inconsistências e desvios da fé cristã conservadora.

Um investigador, o tenente comandante John A. Price, expressou surpresa quando Izbicki disse que não estava convencido de que todas as palavras da Bíblia foram inspiradas por Deus. Ele questiona como Izbicki pode ter certeza, então, de que o Sermão da Montanha, no qual ele baseia seu argumento de saber o que Jesus faria, é acurado: “você percebe que há um perigo quando começa a acreditar que algumas coisas na Bíblia não são verdade, porque então você pode começar a acreditar que Jesus não é verdade”.

Em outro momento, Price pergunta: “se Jesus foi um pacifista, porque ele não disse para todos os soldados romanos deixarem o exército?”

Oficiais da Marinha tentaram persuadir Izbicki a considerar alternativas à dispensa: talvez ele pudesse se tornar um oficial médico ou um dentista da Marinha? Ele respondeu que suas crenças pacifistas eram irreconciliáveis com qualquer esforço para preparar tropas para a batalha.

“Eu não poderia contribuir de forma alguma”, disse ele.

Izbicki disse que não havia feito planos para o futuro a não ser voltar para a casa de seus pais na Califórnia. Sua dispensa, disse ele, “abriu o mundo todo para mim”.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

GRPAe João Negrão na base da Campinas

Cenas que costumamos ver nas grandes cidades se tornaram comuns também em outros municípios. Campinhas, Americana, Holambra e Valinhos aderiram ao helicóptero como arma de combate ao crime.

BOPE: O uniforme dos homens de negro vai mudar

A tropa de elite do Batalhão de Operações Especiais (Bope) usa a farda preta há 18 anos, mas a temperatura chega aos 46°C dentro do uniforme. Como vai ser o novo uniforme ainda é um segredo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Motim na Abin

Arapongas rompem hierarquia, rebelam-se contra o controle militar na Agência Brasileira de Inteligência e fazem guerra de dossiês

Sucessora do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é mantida, desde sua criação, sob estrito controle militar. Agora este comando está sendo confrontado por um barulhento grupo de agentes concursados, insatisfeitos com o que chamam de “herança maldita dos tempos da ditadura militar”. Os arapongas resolveram rebelar-se, num ensaio de motim, e, pela primeira vez na história dos serviços de inteligência, tornam público o que pensam. Oficiais da Abin sem relação direta com os militares divulgaram uma carta de protesto pedindo à presidente Dilma Rousseff mudanças na direção da agência. No texto, a recém-fundada Associação de Oficiais de Inteligência (Aofi) exige que o órgão saia da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado hoje pelo general José Elito Siqueira. “A exemplo do que é vigente nas democracias modernas, acreditamos que o serviço de inteligência deve ter acesso direto ao chefe de governo”, diz a associação. A Aofi, que representa 170 dos 650 funcionários concursados, considera que a agência ainda é “refém do legado do SNI”.

A demanda por mudanças na estrutura da Abin ganhou força com a posse de Dilma. Por seu passado de prisioneira política, a presidente, conforme os boatos que circularam na comunidade de informações, estaria determinada a promover uma profunda reforma no setor. Mas a nomeação do general José Elito para o comando do órgão frustrou essas expectativas. José Elito, desde sua posse, não deu nenhuma atenção aos focos de insatisfação. Na segunda-feira 7, porém, ele precisou convocar uma reunião de emergência na Abin para tentar acalmar a insurreição que já avançava. No dia seguinte, o general ainda tentou conversar sobre o tema com Dilma, ao encontrá-la pela manhã na garagem do Palácio do Planalto. Mas a conversa não prosperou. Pesa contra José Elito o constrangimento que ele criou para a presidente quando, no início de janeiro, declarou que a existência de “desaparecidos políticos” no Brasil não era motivo de vergonha.

Para acalmar os ânimos, o general José Elito divulgou uma nota protocolar afirmando que “vem implementando medidas no sentido de valorizar a atividade institucional do GSI”. Mas este é exatamente o ponto que irrita os arapongas rebelados. Eles reclamam que , ao subordinar as atividades da Abin ao trabalho de segurança institucional da Presidência, setores estratégicos acabam paralisados. A ingerência militar, segundo eles, também desvirtuaria os objetivos estratégicos do serviço. “A Abin monitora o MST e outros movimentos”, acusam. Os agentes civis apelidaram de “ovos de serpente” os funcionários oriundos do SNI ou que mantêm relações com a caserna. Nesse clima envenenado e de hierarquia rompida, já circula pela Abin um dossiê dos arapongas denunciando que “critérios pessoais e parentais” norteiam o loteamento das principais funções de chefia e direção da agência. Conforme o texto, o Exército enviaria para a Abin aqueles oficiais que o Centro de Inteligência não quer mais ter por perto. “Muitos dos quais tiveram ativa participação no regime repressor”, afirmam os agentes. O dossiê lista até nomes. Na mira dos arapongas estão relacionados o diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, ex-militar oriundo do SNI; e os diretores de Administração, Geraldo Dantas, e de Planejamento, Luizoberto Pedroni, ambos ex-oficiais R2 do Exército. Na conta de “militares atuantes na ditadura”, o documento lança o diretor-adjunto Ronaldo Belhan, filho do general José Belhan, que chefiou as operações do CIE, do SNI e atuou na Oban em São Paulo. Ao que parece, o motim está só começando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Forças Armadas Norueguesas adotam a metralhadora leve FN MINIMI

A FN Herstal tem o prazer de anunciar que FN MINIMI foi selecionada para ser a nova metralhadora leve das Forças Armadas Norueguesas.

O organismo norueguês para Logística e Defesa (NDLO), confirmou a decisão em novembro passado, pondo fim a uma competição de um ano.

O contrato incluí a fabricação e entrega de 1.900 metralhadoras FN MINIMI em calibre 5.56x45mm, junto com as peças de reposição e acessórios até o final de 2012, O contrato também incluí quantidades opcionais e adicionais a serem fornecidas pela FN Herstal para o NDLO ao longo de um período de 15 anos.

A metralhadora leve FN MINIMI, em calibre 5.56x45mm como já fora dito, irá operar nas Forças Armadas Norueguesas junto com a metralhadora média FN MAG e a metralhadora pesada FN M2HB-QCB.

Rússia e Índia investirão mais de US$ 6 bilhões no desenvolvimento do caça de quinta geração

Os investimentos para o desenvolvimento do caça russo-indiano de quinta geração foram estimados em mais de US$ 6 bilhões, declarou o diretor financeiro da corporação indiana Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL), Shivmurti, contratante do projeto.

“A fase de desenho detalhado, incluindo o custo do projeto, custará mais de US$ 6 bilhões. Dividiremos o trabalho a proporção 35x65 (Índia e Rússia)”, disse Shivmurti em uma coletiva de imprensa durante a feira aeroespacial Aero India 2011.

O diretor de recursos humanos da HAL, Srinivasan Rao, disse que a participação da Índia no projeto aumentará em 40% na fase de montagem.

No que diz respeito ao contrato celebrado em dezembro de 2010, sobre a concepção preliminar do caça de quinta geração, estimado em US$ 295 milhões, Sivamurti informou que 80% das obras correspondem a Rússia e os outros 20% restante pertencem à Índia.

Por outro lado, o presidente da OAK, Mikhail Aslanovich Pogosyan, se recusou a anunciar o custo do projeto, dizendo que há ainda está avaliando outras despesas.

Índia receberá esse ano o primeiro caça MiG-29 modernizado

A foto acima é do primeiro MiG-29UPG sendo testado na Rússia; O primeiro caça desse tipo voou na data de 04/02
A Índia receberá ainda esse ano o primeiro caça MiG-29 modernizado na Rússia, declarou hoje o presidente da United Aircraft Corporation (OAK sigla em russo), Mikhail Aslanovich Pogosyan.

“O primeiro caça MiG-29, com radar, armamento e equipamentos de bordo modernizado, deverá ser entregue à Índia já em 2011. O programa de modernização se estenderá a todos caças do tipo da Força Aérea Indiana, que hoje conta com 69 aeronaves” comentou Pogosyan em Bangalore, onde assisti o Salão Internacional Aeroespacial Aero India 2011.

De acordo com o programa de modernização, os aviões serão dotados com um novo radar Zhuk-M multifuncional, que servirá para atacar alvos em terra, mar e ar, novos aviônicos, IFR, um novo motor RD-33 series 3. A cabine do piloto estará no mesmo nível que os caças de 4.5 geração. A modernização está prevista para alcançar o valor de US$ 1 bilhão.

“É o segundo projeto em importância de modernização de material aeronáutico na Índia. O mais importante é a integração do míssil de cruzeiro supersônico, BrahMos nos caças Su-30MKI, tarefa que deverá se concluída em 2013”, disse Pogosyan.

Ontem Pogosyan no AERO INDIA 2011 afirmou que a Rússia ofereceu um poderoso radar AESA a Índia, afim de serem instalados nos caças Su-30MKI.

Como a modernização dos atuais MiG-29S da IAF passarão a receber a nomenclatura MiG-29UPG.

Paquistão testa míssil de cruzeiro com capacidade nuclear

O Paquistão realizou com êxito o teste com um míssil de cruzeiro de fabricação nacional Hatf-VII “Babur”, que é capaz de transportar cabeças de guerra convencionais e nucleares, informou hoje o porta-voz do Exército Paquistanês ao canal de TV AaJ.

Segundo um comunicado, os mísseis Babur usam a tecnologia de baixa detecção (stealth), tem alcance de até 600 km, são capazes de atingir os alvos com extrema precisão. O Babur tem como característica o vôo de baixa atitude, adaptando-se as elevações do terreno, essa característica dificulta ainda mais a identificação por parte dos inimigos.

Os canais de TV do Paquistão informaram que o presidente do país, Asif Ali Zardari, parabenizou os militares e engenheiros pelo teste exitoso.

O Paquistão iniciou o programa de desenvolvimento do mencionado míssil em 2005.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Brasil participa de operação de resgate na selva colombiana

O Exército do Brasil participa da operação de resgate de cinco reféns que estão sob o controle das Farc. As ações devem durar toda a semana. Os brasileiros não participam de negociações.

Fabricante do poderoso míssil de cruzeiro BrahMos duplicará a produção em dois anos

A empresa russo-indiana BrahMos Aerospace Ltd., fabricante dos mísseis supersônicos BrahMos, duplicará sua capacidade de produção nos próximos dois anos afim de satisfazer a crescente demanda, anunciou hoje (09/02) o diretor geral da companhia, Sivathanu Pillai.

A companhia já está aumentando a capacidade de produção e no curso de dois anos poderá produzir mais de 150 mísseis no ano. Hoje a empresa fabrica entre 60-70 mísseis.

Os contratos com a Índia já somam US$ 4 bilhões. Depois das provas do BrahMos Block III, versão modernizada do BrahMos, que é capaz de abater alvos de navios de superfície, as Forças Armadas da Índia estudam a possibilidade de fazer novos pedidos.

“É necessário tomar a decisão sobre esse assunto no ponto mais possível, para que a Rússia e Índia possam proceder no planejamento da ampliação da produção”, disse Pillai.
A empresa russo-indiana BrahMos Aerospace, com sede em Nova Déli, tem esse nome em virtude dos rios Brahmaputra (Índia) e Rio Moscou (Rússia). A empresa fabrica mísseis supersônico de cruzeiro com alcance de até 290 km, que foram incorporados pelo Exército e Marinha da Índia.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Hans Guido Mutke e a barreira do som

Messerschmitt Me 262A no National Museum da Força Aérea Americana
Voando em um jato Messerschmitt 262 (primeiro avião a jato a ser operacional), em 9 de abril de 1945, Hans Guido Mutke pode ter se tornado a primeira pessoa a romper a barreira do som, enquanto sobrevoava a Áustria.

Hans Guido Mutke, piloto e ginecologista, nasceu em Neisse, Alemanha, em 25 de março de 1921. Casado e pai de dois filhos, morreu em Munique no dia 08 de abril de 2004.

Na tentativa de ajudar um piloto e colega que estava sob fogo Aliado, Hans mergulhou seu Me-262 de tal maneira, que ele perdera o controle do caça. O caça começou a vibrar violentamente, e isso fez com que os controles parassem de funcionar. Quando Hans recuperou o controle, o velocímetro estava travado a 1.100 km/h. Embora Hans tenha salvo seu companheiro, o que é bastante gratificante e honroso, a atitude de Hans poderia ter custado o lugar na Luftwaffe, uma vez que os pilotos tinham ordens para não exceder a velocidade de 950 km/h.

Se tudo o que foi relatado acima for verdadeiro, não haverá duvidas que Mutke fora o piloto alemão a romper a barreira do som, dois anos antes do piloto americano, Major George Welch. O piloto americano conseguiu o feito em 1º de setembro de 1947, quando pilotava o avião experimental Bell X-1 que mais se parecia com um foguete, nas cercanias da atual base aérea de Edwards, na Califórnia.

Mutke adentrou na Luftwaffe quando ainda era estudante de medicina, passou três anos como piloto de reconhecimento noturno, procurando e monitorando bombardeiros Aliados que sobrevoavam os céus da Alemanha.

Naquela altura os Aliados já controlavam os céus do Reich de Hitler. Mutke por ser um piloto habilidoso, foi chamado para treinar como piloto de caça a jato, mas precisamente pilotando um Messerschmitt 262, primeiro caça a jato a entrar em combate real. Em sua última missão de combate, Mutke ficou sem combustível, e foi obrigado a invadir o espaço aéreo da neutra Suíça para não cair nas mãos dos Aliados. Ele foi capturado e preso pelos suíços junto com o piloto americano que perseguia-o. Ambos ficaram em cárcere especial.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, ele Mutke foi liberado pelas autoridades suíças e terminou sua faculdade de medicina, em Berna e se especializou em ginecologia em Zurique. Ademias, Mutke passou alguns anos desempenhando a função de piloto comercial, pilotando aviões americanos DC-3 Dakota para companhias aéreas da Argentina e Bolívia.

Ao retornar à Alemanha, ele trabalhou como ginecologista até se aposentar. Ele, no entanto, quis manter vivo o seu vínculo com a aviação militar. Ele serviu por anos como médico da reserva da Força Aérea Alemã. Em 1957, seu Me-262 foi doado ao Deutsches Museum que fica em Munique pelas autoridades suíças, onde permanece exposto para o público.

Somente em 1989 que Mutke se deu conta que tinha rompido a barreira do som. Isso foi durante uma conferência entre especialistas em Munique. A conferência celebrava o 50º aniversário do primeiro vôo a jato[1].

Mutke morreu durante uma cirurgia cardíaca, em Munique, e doou seu corpo para Gunther von Hagens, um controverso artista que usa em exposições corpos humanos e órgãos. A exposição já foi vista por mais de 15 milhões de pessoas em cidades dos Estados Unidos e Europa, sendo três milhões em Nova York, onde a exposição está montada.
  1. O Heinkel He 178 foi o primeiro avião turbojato a voar, quase dois anos antes do caça britânico Gloster Meteor. Seu primeiro vôo aconteceu em 27 de agostos de 1939. Na ocasião o caça foi pilotado por Erich Warsitz, piloto de testes da Heinkel Flugzeugwerke.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Irã começou a produção de um míssil balístico inteligente anti-navio

“O míssil balístico inteligente da Guarda Revolucionária esta sendo produzido em massa e este tipo de míssil pode atingir e destruir alvos com alta precisão”, disse nessa segunda-feira em coletiva de imprensa o comandante do Pasdaran (Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica), Mohammad Ali Jafari.

“Este novo míssil desfruta de velocidade supersônica e não pode ser detectado ou interceptado pelos inimigos”, disse o comandante Ali Jafari e acrescentou que o míssil pode atingir alvos a 300 km de distância com alta precisão.

O comandante não deu maiores detalhes sobre o novo míssil, mas adiantou que nos próximos dias o Pasdaran irá divulgar as características básicas do míssil, tais como as medidas, velocidade e etc. O novo míssil se chamará “O Golfo Pérsico”.

Jafari em outro momento da coletiva anunciou que a Guarda Revolucionário projetou e desenvolveu radares de passivos de longo alcance e que em breve iniciar-se-á a produção dos radares. Os novos radares têm cobertura de mais de 1.200 km.

“Esses radares aumentam e muito a capacidade do do Pasdaran na identificação de alvos baseado no mar”, disse Jafari.

Este tipo de radar não possuí transmissão, não sendo, portanto, detectáveis por receptores de interceptação. É um radar multiestático (possui diversos receptores localizados em diferentes pontos), sem transmissor. Seus receptores coletam e analisam as reflexões de sinais gerados por emissoras de televisão aberta e estações de rádio comerciais.

Computadores com grande capacidade de processamento comparam os sinais diretamente recebidos com aqueles refletidos, calculando a localização de possíveis alvos. Como o radar não tem um transmissor, a INTEL inimiga depara-se com o problema de achar algo que não transmite. Obviamente, por ser um radar passivo, depende da transmissão de sinais que não se encontram sob seu controle direto e que não estão presentes em todos os lugares.

Irã revisa com sucesso mais dois caças MiG-29

“Pela primeira vez, nós recebemos a permissão para revisar dois caças MiG-29 em Tabriz (uma base aérea) e o processo de cinco estágios de revisão foram realizados em duas fases in Tabriz”, disse Mohammad Hellatabadi, comandante  da base aérea de Tabriz em uma cerimônia em uma cidade a noroeste da cidade de Tabriz.

“E no dia de hoje, observamos o vôo dos dois caças revisados”, disse Hellatabadi.

No início de julho de 2010, o comandante-em-chefe da IRIAF, Hassan Shahsafi, anunciou que o país tinha conseguido com sucesso a renovação de um MiG-29.

Na ocasião, Shahsafi acrescentou que a renovação do caça tinha sido realizada em uma base aérea a noroeste da cidade de Tabriz, onde a aeronave alçou voou depois de ter permanecido um longo período inoperante.

“Todas as etapas de renovação dos caças e modernização dos caças foram realizadas por engenheiros iranianos”, disse Shahsafi.

O comandante também observou que o país tem empanhado esforços nos últimos anos para construir as peças de reposição essenciais para atualizar a frota de caças da IRIAF, assim como equipamentos necessários para a modernização dos caças.

China criar "porta-aviões de concreto" para treinar seus pilotos

A China conseguiu construir uma cópia fiel de um porta-aviões. O curioso é que a belonave não poderá desbravar os mares e os oceanos, vide se tratar de um “porta-aviões de concreto”.

A inovação visa construir uma doutrina de aviação embarcada, coisa que a China ainda não tem.

E mega estrutura em concreto foi descoberta pelos serviços de espionagens ocidentais, e fica na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei.

Não está claro que as aeronaves têm capacidade de decolarem ou pousarem na estrutura, mas fotos tiradas secretamente mostram o que parece ser um caça Su-33 Flanker e helicópteros navais no convés de vôo.

Relatórios da inteligência rejeitam a idéia de que poderia ser um parque temático, afinal a estrutura foi construída sobre o telhado de um prédio do governo. Eles acreditam que isso sinaliza a intenção da China de se tornar uma força de "água azul" no âmbito global e é um desafio direto à supremacia dos EUA no Pacífico.

Os governos do Brasil e da China estão conversando sobre um possível acordo militar-tecnológico que envolveria o treinamento de pilotos chineses no Brasil, com a Aviação Naval da Marinha do Brasil (AN-MB), para operações com aeronaves de asa fixa à bordo de porta-aviões; enquanto, em contrapartida, a China cederia tecnologia e apoio técnico para o desenvolvimento do reator nuclear a servir de fonte de propulsão para o futuro submarino nuclear de ataque brasileiro. Foi o que uma fonte estrangeira no Brasil contou à reportagem de ASAS.

A China, como se sabe, tem como um de seus "pontos de honra", como nova potência político-militar global, a operação de porta-aviões. O primeiro destes, aliás, já está em construção. Porém, a Marinha da China, que até pouco tempo era basicamente uma força de defesa de mar territorial, com aviões apenas baseados em terra, não tem qualquer base doutrinária ou de instrução para operações aéreas embarcadas - algo que a AN-MB possui, com uma história de mais de 50 anos. Além disso, aos chineses, a possibilidade de obter tal treinamento com o Brasil é algo muito mais possível do que com países como EUA, Rússia e França.

O IPRIS – Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, publicou um artigo em inglês que trata do acordo entre o Brasil e a China para treinamento de tripulações na operação de navios-aeródromo.

O trabalho diz que o Brasil vai ganhar prestígio e orgulho com o acordo, bem como estreitar suas relações com a China. Enquanto isso, os chineses vão receber um benefício mais tangível, que é a abreviação do tempo necessário para começar as operações de sua aviação naval.

No longo prazo, porém, o Brasil poderá ser o grande ganhador, se sua assistência se converter em apoio à sua entrada no Conselho de Segurança da ONU.

Independentemente dos resultados a longo prazo, o acordo dá um sinal claro ao mundo que o equilíbrio global de poder está mudando, não só economicamente, mas também militarmente, pois os grandes países emergentes do grupo BRIC procuram traduzir o poder fiscal em capacidades de projeção de força.

Montagem e testes do caça russo T-50 de quinta geração avança conforme o cronograma

Sergey Bogdan, piloto de testes da Sukhoi, se prepara para levar o PAK-FA aos céus pela segunda vez
A montagem e os testes do caça de 5ª geração russo PAK-FA T-50, avançam segundo o plano previsto, informou hoje o governador de Krai de Khabarovsk, Vyacheslav Shport.

“Os testes e a montagem do caça se realizam segundo o planejado. Este ano faremos testes com o segundo caça (protótipo). Outro caça, um terceiro protótipo, está sendo submetido a testes estáticos. Cumprimos a tempo todas as tarefas do ano passado, o que assegurou o financiamento estável em 2011”, disse Shport.

Shport disse que várias países estão interessados em cooperação com a Rússia no projeto. “Já estão propondo cooperações para depois comprarem o caça. Isso garantirá o funcionamento da empresa Gagarin Aircraft Manufacturing (filial da Sukhoi) a pleno vapor por muitos anos.”

A Rússia começou a projetar o projeto de caça de quinta geração nos anos 90. O T-50 é um caça pesado com Peso Máximo de Decolagem de 37 toneladas e de dimensões semelhantes do caça Su-27. Seu desenho é especial, uma vez que utilizado tecnologias de baixa detecção (stealth).

Comparado os caças de geração anterior, o T-50 têm muitas características únicas e conjuga funções de um avião de ataque ao solo, com a característica de caça voltado para o combate aéreo.

O T-50 é um caça desenhado para voar em velocidade de super-cruzeiro, que é a capacidade de um aeronave atingir velocidade supersônica sem a utilização de pós-combustão. Ele também está equipado com um sistema de navegação moderno e um eficaz sistema automático para sua defesa.

O caça russo de quinta geração voou pela primeira vez em 29 de janeiro de 2010.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

WikiLeaks: EUA repassaram segredos nucleares britânicos para a Rússia

Segundo o jornal britânico "The Daily Telegraph", que cita telegramas obtidos pelo WikiLeaks, nas negociações do novo START, Washington aceitou passar aos russos informações sobre os mísseis Trident que fornece a Londres, o seu principal aliado.

Os Trident são a base do programa britânico de armas nucleares. Segundo documentos do ano passado divulgados pela WikiLeaks, incluindo quase 800 da embaixada norte-americana de Londres, Moscou aproveitou as negociações para pedir mais dados aos EUA sobre os Trident, que são produzidos e mantidos pelos EUA. Os russos alegaram que isso seria crucial para assinarem o novo START.

O fato de que os norte-americanos utilizarem os segredos nucleares da Inglaterra como moeda de troca também lança uma nova luz sobre a chamada "relação especial ".

Em 2009, Washington pressionou a Inglaterra a autorizarem o fornecimento de dados detalhados dos mísseis aos russos, mas a Inglaterra se negou. No entanto, mesmo assim os americanos repassaram aos dados aos russos, entre os dados o número de série dos mísseis Trident em poder dos britânicos.

A Inglaterra sempre recusou a repassar informações do seu programa nuclear e de seus mísseis. Ademais, no ano passado o secretário das Relações Exteriores da Inglaterra, William Hague, afirmou que seu país tem cerca de 160 ogivas, mas recusou a falar o número de mísseis que o país tem.

Os documentos também mostram que os americanos espionaram a vida privada e profissional dos ministros dos Assuntos Exteriores da Inglaterra.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Otavio Mesquita encara o treinamento da SWAT

No programa A Noite é uma Criança da última quinta-feira, o apresentador Otavio Mesquita encarou o pesado treinamento da SWAT - polícia norte-americana - no Brasil. Será que ele aguenta? Acompanhe!



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Torpedo F21: O novo torpedo pesado da Armada Francesa

Torpedos são armas potentes, apesar de serem raramente utilizados. Tirando aquele naufrágio polêmico de uma fragata sul-coreano, em março do ano passado, o último torpedo usado em combate real foi na Guerra das Malvinas, pela Marinha Real Britânica. O curioso que no caso da Guerra das Malvinas (de 2 abril de 1982 a 14 Junho de 1982) fora usado um torpedo da Segunda Guerra Mundial, diz Marc Le Roy, diretor da (Business Unit Armes Sous Marines).

No entanto, a França está investindo no desenvolvimento de uma nova geração de torpedos pesados. Sob a nomenclatura de F21, o novo torpedo foi a arma escolhida para arma os submarinos nucleares franceses pelos próximos 30-40 anos.

“França é único país a desenvolver novos torpedos pesados”, disse Le Roy. A Alemanha e os EUA, acrescenta ele, “fizeram melhorais aos já torpedos existentes nos respectivos países, enquanto o F21 se trata de um produto totalmente novo.”

Segundo as previsões da DCNS (idealizadora do torpedo), o novo torpedo poderia estar operacional já em 2016. O BU ASM tem planos de produzir 100 torpedos para destruí-los entre os submarinos das classes Rubis, Barracuda e Le Terrible da Armada Francesa.

“Os novos torpedos estão sendo desenhados como parte do sistema de armas dos submarinos nucleares, e por isso têm que ser extremamente seguros”, disse Le Roy. Deve haver risco zero de uma explosão ou lançamento acidental.

O Estaleiro DCNS está desenvolvendo um importante componente de segurança. Na realidade trata-se de uma bateria elétrica baseada em liga de alumínio/óxido de prata que necessita da água do mar para a ativação, improvável de ser encontrado no submarino.

Para atender as políticas de segurança para os submarinos, o F21 será lançado através de uma técnica, onde o pistão ‘expulsa’ o torpedo do submarino, depois abra-se uma válvula no torpedo, que deixa água do mar entrar, que por sua vez entrará em contato com a bateria, ativando assim o torpedo. A bateria oferece energia de alta densidade e tem a melhor performance do mercado.

O gerente de negócios e marketing da DCNS, Loic Beaurepaire, explica que países como Rússia, Suécia, Reino Unido e EUA utilizam sistemas térmicos como fonte de energia, enquanto a França opta pelo sistema elétrico, uma vez que é mais seguro e silencioso. “Nas missões submarinas, o silêncio é de extrema importância para evitar a detecção por parte do inimigo”, disse Beaurepaire. “Esse sistema permite um ataque totalmente silencioso”, conclui.

O F21 é digital e opera em profundidades de 15 a 500 metros, o que significa que pode ser utilizada em operações litorâneas ou em águas azuis. Beaurepaire diz que em águas rasas, existem alguns sons que confundem os torpedos. “Tratamos os sinais sonoros digitais do mesmo modo que os modernos sonares e isso nos permite superar essas dificuldades.”

O novo torpedo pesa cerca de 1200 quilos, tem um alcance de 50 metros, alcança a velocidade de 50 nós e tem uma resistência de uma hora. O torpedo pode atacar vários tipos de alvos. A DCNS diz que o novo torpedo é imune a maioria das contramedidas.

Conheça maiores detalhes do revolucionário torpedo pesado clicando aqui

Nalchik sob ataque

Na manhã de 13 de outubro de 2005, os moradores da cidade de Nalchik, capital da república russa de Kabardino-Balkária, foram surpreendidos com um forte ataque dos militantes islâmicos. Às 9:15h, cerca de 217 militantes islâmicos lançaram vários ataques à instalações governamentais e militares, incidente esse ficou conhecido como “Assalto a Nalchik”.

No dia do mesmo mês, o chefe militar da guerrilha separatista chechena, Shamil Basayev, assumiu a autoria dos ataques em comunicado exposto no site Kavkaz Center, utilizado pela guerrilha. No mesmo comunicado, Basayev disse que os dois principais grupos que iniciaram os ataques (militantes mais experientes em combate) abandonaram a cidade duas horas depois do inicio dos ataques. Basayev ainda admitiu que seus homens mataram cerca de 140 pessoas, no intensa troca de tiros cerca de 14 civis perderam suas respectivas vidas e 115 foram feridos. Basayev disse que 35 de seus homens sucumbiram na missão, as autoridades russas disseram que 85 terroristas morreram junto com 59 suspeitos.

Na operação Ilyas Gorchkhanov, o primeiro líder do grupo Ingush Jamaat, foi morto pelas forças de segurança russas.

Basayev na ocasião era considerado o terrorista número um da Rússia.

Agora fique com um documentário de um canal russo sobre o acontecido. O documentário contém cenas reais do ataque dos insurgentes.



Búlgaria quer 'novos' caças para sua Força Aérea

Um MiG-29 nada moderno da Força Aérea Búlgara
O Ministério da Defesa da Bulgária anunciou ontem, 2 de fevereiro, que havia enviado um pedido de informação para a Alemanha, França, EUA e Suécia, que visa a aquisição de novos caças ou usados.

A carta contendo o pedido de informação foi enviada em janeiro, pedia informações detalhadas para os quatros países acerca dos caças, bem como o apoio logístico, equipamentos, formação, formas de pagamento e etc, disse o Ministério da Defesa em um comunicado.

“O pedido diz respeito à aquisição de oito novos ou usados caças multifuncionais”, acrescentou.

O ministério observou, contudo, que “nessa fase não há clareza sobre os parâmetros financeiros do projeto.”

Não foram divulgados os nomes das empresas que receberam o pedido de informação do governo búlgaro. No entanto, o jornal Standart disse ontem que a Búlgaria estava de olho nas ofertas dos principais fabricantes de caças, caso da gigante européia de defesa EADS, o sueco Gripen e a americana Lockheed Martin.

Sofia irá definir os parâmetros financeiros logo após receber as propostas das empresas.

A aquisição de novos caças multi-função para a Força Aérea da Bulgária até então tem sido adiada devido às graves restrições financeiras.

Um documento do WikiLeaks de 2007 que vazou pelos meios de comunicação da Búlgaira, revela forte pressão dos EUA sobre a Bulgária para não adquirir novos caças, mas sim comprar de segunda mão caças americanos como o F-16 ou F-18.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Inglaterra e Canadá discutem parceria no desenvolvimento de fragata

A Inglaterra mantém conversações avançadas com o Canadá sobre uma possível parceria para o desenvolvimento de uma nova e moderna classe de fragata para suas respectivas Marinhas, assim afirma Gerald Howarth, Ministro da Defesa da Inglaterra.

Respondendo as perguntas de parlamentares em 31 de janeiro, Howarth disse que o governo britânico está em discussão com os canadenses para um possível programa de colaboração para desenvolvimento da “Global Combat Ship”, destinado a substituir as fragatas Type 23 da Royal Navy.

O ministro disse que Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Turquia expressaram interesse no programa britânico, que será chamado de Type 26 quando estiver em serviço na Marinha Real Britânica.

O goveno britânico está se empenhando para aumentar a exportação de armas do país, afim de compensar os cortes no orçamento. O governo britânico vê um excelente potencial de exportação para a “Global Combat Ship”, assim como vê na nova fragata uma oportunidade de colaborar e estreitar seus laços com os seus alidos.

A BAE Systems trabalha desde o ano passado, com US$ 202 milhões em um projeto de navio de guerra capaz de apoiar as operações em terra, tais como outros tipos de operação, caso das operações anti-submarinas.

No ano passado, a companhia BAE Systems, apoiada pelo governo britânico, fez várias propostas ao governo brasileiro, uma delas era o desenvolvimento conjunto de uma nova classe de fragatas (Global Combat Ship). Itália, França e outros países também mostraram no programa brasileiro.

Dassault acelera projeto do UCAV nEUROn

Mock-up do nEUROn no Paris Air Show de 2005
Não há trégua na guerra para ser o fabricante europeu de aviões de ataque não-tripulados (UCAV). A Dassault, empresa aeroespacial francesa e fabricante do caça multi-função Rafale, conseguiu dar um passo muito importante na corrida para conseguir construir o primeiro UCAV inteiramente europeu.

A empresa francesa anunciou no dia 26 de janeiro, que a companhia aeroespacial sueca, SAAB, entregou oficialmente a fuselagem central e principal do nEUROn, um projeto franceses de avião de ataque não-tripulado. Além das empresas Dassault e SAAB, participam do programa empresa italiana Alenia Aeronautica, a espanhola EADS CASA, a grega EAB, a suíça RUAG. Outras duas empresas francesas também integram o programa: EADS France e a Thales.

Em comunicado, a Dassault (empresas que detém 50% do projeto)comemora a realização desse marco, após seis anos de aquisições e acordos de partilha de tecnologias e know-how necessários para a materialização projeto. Em comunicado, o grupo francês expressa sua intenção de realizar o primeiro vôo do nEUROn EM 2012, começando um importante ciclo de testes de vôo.

Contrato em jogo

Em 16 de janeiro passado, a revista The Sunday Times publicou que três companhias européias iram concorrer a contrato franco-britânico de cerca de 695 milhões de Euros, para desenhar e construir um avião de combate não-tripulado. Entre os concorrentes existe um grupo formado pela britânica BAE que conta com a participação da francesa Dassault, um segundo ator é uma equipe formada pela Cobham e a General Atomics e um terceiro grupo que corre por fora, é o grupo liderado pelo grupo EADS.  Caso seja assim, a equipe da BAE e Dassault terão vantagem de desenvolver os requisitos da aeronave franco-britânica. Entretanto, o grupo EADS defende de ‘UAV Avançado’ de nome Talarion. Analistas militares crêem que a EADS estaria longe de apresentar as tecnologias do Talarion. Já o nEUROn é um demonstrador de tecnologia de ponta.

A fuselagem entregue pela SAAB será translada de Linkoping (Suécia) para Istres (França), onde se encontra a parte traseira da fuselagem, entregue em meados de janeiro pela companhia grega Hellenic Aerospace Industry (HAI). Os elementos estruturais construídos por outro sócio do programa serão rapidamente enviados para Istres.

A Dassault considera que o sistema de controle eletrônico e o sistema de acoplagem de armas, desenvolvidos pela empresa suíça RUAG, chegará em fevereiro. Por outro lado, as asas do nEUROn, fabricados pela companhia espanhola EADS casa chegará à França no final de março, e a escotilha do trem de pouso, também em responsabilidade da SAAB estará pronta em abril.

Submarino Kazan será incorporado a Armada Russa em 2015

Submarino Severodvinsk é apresentado em junho do ano passado
O novo submarino nuclear de ataque Kazan, segundo da classe do Projeto 888 Graney, será incorporado a Armada Russa em 2015, comunicou hoje o porta-voz da Oficia de Projetos Malakhit, onde está sendo construído o submarino.

“O casco do Kazan, posto em quilha em 2010 no Estaleiro de Sevmash, já está pronto, mas agora há muito trabalho para modernizar o submarinos antes de entregá-lo para a Armada Russa em 2015”, disse o porta-voz.

Ele recordou que o primeiro submarino da classe Graney, o Severodvinsk, está sendo construído desde 1993 e que o mesmo será incorporado a Marinha Russa no final de 2011.

“Durante os anos de sua construção, apareceram novos materiais e tecnologias, assim como novos armamentos com os que vamos implementar no Kazan”, disse o porta-voz.

O submarino nuclear de ataque Kazan desloca 8.600 toneladas na superfície e 13.800 toneladas submergido,  mede 119 metros de cumprimento e é capaz de descer a 600 metros de profundidade. Pode alcançar a velocidade de 16/31 nós e sua tripulação é constituída de 90 homens, destes 32 são oficias.

O arsenal da mais temida tropa de choque do mundo

No vídeo que segue, Obukhovsky nos mostra a vasta gama de armas do OMON, temida tropa de choque russa. Dentre as armas mostradas no vídeo, estão as pistolas Makarov, Yarygin PYa, OTs-23 Drotik, Glock 17, Glock 19 e Stechkin APS, as submetralhadoras PP-91 Kedr e SR-2 Veresk, o fuzil AK-105 (totalmente modernizado com equipamentos ópticos, coronha rebatível/‘vazada’, guarda mão e etc.), a submetralhadora PP-19 BIZON-2, que tem um carregador peculiar (uma espécie de cilindro abaixo do cano) e a carabina 9A-91.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Como será o futuro caça de combate dos Estados Unidos?

Acima uma concepção artística do Boeing F/A-XX, um projeto de caça de sexta geração para Armada Americana
A Força Aérea Americana (USAF) e a Marinha Americana começaram a elaborar os requisitos técnicos e tecnológicos para o novo avião de combate de sexta geração do país, o qual deverá entrar em serviço entre 2025-2030.

Embora já esteja em curso o desenvolvimento dos requerimentos para o novo avião de combate, o financiamento do projeto não começará antes de 2015, devido aos planos do Ministério da Defesa em ajudar o seu orçamento.

De momento não se conhece as exigências principais dos militares americanos para a nova aeronave, mas anteriormente já tinha sido informado que entre as características do novo caça, estaria a capacidade do mesmo ser pilotado a distância e ele teria velocidade hipersônica, algo em torno 6,174 km/h.

De acordo com o site “Aviation Week”, mesmo que p Pentágono comece a financiar o projeto do novo caça em 2015, é pouco provável que o mesmo seja adotado antes de 2030. O site se embasa do histórico dos caças de quinta geração americanos: O F-22 Raptor começou a ser desenvolvido em 1986, mas o avião só entrou em serviço na USAF em 2005; O projeto F-35 Lightning II foi lançado em 2001 e a entrada de serviço desse caça é prevista para 2016;

Por outra parte, em meados de janeiro de 2011, o atual chefe do Pentágono, Robert Gates, anunciou que em 2012 será retomado o financiamento de um novo bombardeiro de longo alcance. A afirmação foi feita depois que a China mostrou ao mundo o primeiro vôo seu caça de quinta geração J-XX.

Em todo caso, as verbas para esses projetos permanecem incertas, uma vez que eles não estão incluídos no orçamento de projetos de 2011. Recentemente foi divulgado que o Pentágono cortaria US$ 78 bilhões do seu orçamento militar e outros US$ 100 bilhões seriam economizados, afim de melhorar a gestão interna da instituição. Até agora, o que é conhecido para o orçamento militar de 2012 é a modernização, o que acarretaria na extensão da vida útil dos já veteranos caças F-15 e F-16. O projeto prevê o desenvolvimento de um sistema de supressão de radares.

Outros projetos importantes das empresas americanas do ramo aeronáutico, são os projetos de novos aviões sem-piloto (MQ-X), que terão a missão de substituir o MQ-1 Predator e o RQ-9 Reaper, atualmente em uso. Esse projeto já está em curso, mas sem licitação formal.

Israel teme mudança de regime no Egito

Israel está observando os acontecimentos no Egito com preocupação. O governo israelense está apoiando o presidente autocrata egípcio Hosni Mubarak, por temer que a organização islamita Irmandade Muçulmana possa assumir o poder e passar a fornecer armas para o Hamas.

Israel é geralmente um país no qual os políticos têm uma opinião sobre todos os tópicos, e manifestam essa opinião de maneira estridente. Mas nos últimos dias, a liderança israelense tem se mostrado incomumente silenciosa sobre uma determinada questão. Ao que parece ninguém está disposto a fazer um comentário oficial sobre a atual convulsão social no Egito, onde manifestantes têm feito protestos contra o governo. O motivo desse comportamento não é que Israel não se importe com as manifestações que estão ocorrendo no seu vizinho ao sul – ao contrário, os canais de notícias israelenses, que geralmente tendem ao paroquialismo, têm acompanhado atentamente os recentes acontecimentos no mundo árabe, da Tunísia ao Líbano.

As estações de rádio e televisão, bem como os jornais, noticiam constantemente a coragem dos manifestantes nas ruas do Cairo, não só mostrando o espetáculo histórico, mas também manifestando abertamente simpatia pela luta do Egito pela democracia.

Mas o governo israelense está se mantendo em silêncio em relação ao assunto. “Nós estamos acompanhando atentamente os acontecimentos, mas não interferimos nas questões internas de um Estado vizinho”, foi a curta resposta do Ministério das Relações Exteriores de Israel a um pedido para que fizesse comentários.

Assim, para os jornalistas que buscam declarações de autoridades, foi uma feliz coincidência o fato de o ex-ministro da Indústria e do Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, ter renunciado ao gabinete israelense na semana passada, podendo assim, portanto, expressar agora as suas opiniões como membro do oposicionista Partido Trabalhista. “Eu não creio que seja possível haver uma revolução no Egito”, declarou Ben-Eliezer à Rádio do Exército Israelense. “Eu vejo a situação se acalmando”. O ex-ministro, que nasceu no Iraque, é um renomado especialista em relações entre árabes e israelenses e amigo do diretor de inteligência egípcio Omar Suleiman.

A declaração de Ben Eliezer é consistente com a avaliação de membros da comunidade de inteligência de Israel e especialistas em Oriente Médio, que chamam atenção para o poder do exército egípcio. Nas suas declarações à Rádio do Exército Israelense, Ben-Eliezer também explicou a posição de Israel em relação aos protestos. “Israel não pode fazer nada em relação ao que está acontecendo lá”, disse ele. “Tudo o que podemos fazer é manifestar o nosso apoio ao presidente egípcio Hosni Mubarak e esperar que as manifestações acabem calmamente”. Ele acrescentou que o Egito é o aliado mais importante de Israel na região.

Processo difícil

O Egito foi o primeiro Estado árabe a firmar um tratado de paz com Israel, em 1979, mas a relação entre os dois países vizinhos continua sendo delicada. O bom relacionamento se limita aos círculos de governo. O regime do Cairo procura impedir o estabelecimento de vínculos estreitos entre as sociedades civis dos dois países. As associações profissionais egípcias de médicos, engenheiros e advogados, por exemplo, exigem que os seus membros declarem que não contribuirão para a normalização das relações com Israel.

Mesmo 30 anos após o acordo de paz, o comércio anual entre os dois países vizinhos tem um valor total de apenas US$ 150 milhões (110 milhões de euros, R$ 253 milhões). Em comparação, as transações comerciais de Israel com a União Europeia tiveram um valor de cerca de 20 bilhões de euros (R$ 45,8 bilhões) em 2009.

Um incidente recente envolvendo o vice-governador da Península do Sinai revela a opinião de muitos egípcios a respeito de Israel. Após um ataque de tubarão ocorrido na costa, a autoridade egípcia declarou que não se pode descartar a hipótese de que o peixe mortífero tenha sido solto na região pelo servido de inteligência israelense com o objetivo de prejudicar a indústria turística egípcia. E após o sangrento ataque contra uma igreja em Alexandria, no dia 1º de janeiro, um porta-voz da Irmandade Muçulmana do Egito especulou que Israel poderia ter sido o responsável pelo ataque, com a intenção de semear a discórdia entre cristãos e muçulmanos.

De fato, a Irmandade Muçulmana é um dos principais motivos pelos quais Israel parece apoiar tão intensamente Mubarak. A organização é considerada o movimento político mais popular no Egito, e a sua posição em relação ao tratado de paz com Israel é clara: ela deseja que o acordo seja imediatamente revogado. “A democracia é uma coisa bonita”, diz Eli Shaked, que foi o embaixador de Israel no Cairo de 2003 a 2005, em uma entrevista a “Spiegel Online”. “No entanto, interessa bastante a Israel, aos Estados Unidos e à Europa que Mubarak permaneça no poder”.

Para Israel, há muito mais coisas em jogo do que a atual “paz fria” com o Egito e algumas poucas dezenas de milhões de dólares em comércio entre os dois países. “Nunca antes os interesses estratégicos de Israel estiveram tão fortemente alinhados aos dos países árabes como hoje em dia”, diz Shaked, referindo-se aos países árabes cujas populações são em sua maioria compostas de muçulmanos sunitas, como o Egito, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. A recente publicação dos documentos sigilosos diplomáticos dos Estados Unidos pelo WikiLeaks demonstram o que ele quer dizer: da mesma forma que Israel, grande parte do mundo árabe, e especialmente Mubarak, vê o Irã xiita e os seus aliados, como o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano, como ameaças existenciais.

Perigo potencialmente sério

“Se ocorrer uma mudança de regime no Egito, a Irmandade Muçulmana assumirá o controle sobre o país, e isso terá consequências incalculáveis para a região”, adverte Shaked. O governo israelense observou com preocupação o fato de que, mesmo após 30 anos de paz, o exército do Egito ainda está equipado e treinado principalmente para uma possível guerra contra Israel.

Um cancelamento do acordo de paz abriria uma nova frente com o exército egípcio, o 11º maior do mundo, que é equipado com modernos armamentos norte-americanos. Mas o que Israel teme mais do que um – algo improvável – conflito armado com o Egito é uma aliança entre um regime islamita no Cairo e o Hamas, que se considera uma ramificação da Irmandade Muçulmana.

Atualmente o exército egípcio procura impedir – embora hesitantemente – o contrabando de armas do Sinai para a Faixa de Gaza, a principal rota de suprimentos para o Hamas. Um regime egípcio que abrisse a fronteira com a Faixa de Gaza para o envio de armas representaria um grave perigo para Israel.

Shaked considera as exigências ocidentais de mais abertura e democracia no Egípcio um erro fatal. “É uma ilusão acreditar que o ditador Mubarak poderia ser substituído por uma democracia”, diz ele. “O Egito ainda não é capaz de ter uma democracia”, acrescenta ele, observando que o índice de analfabetismo no Egito é de 20%, para dar apenas um exemplo. “A Irmandade Muçulmana é a única alternativa real”, opina Shaked, “o que teria consequências devastadoras para o Ocidente. Eles não modificarão a sua atitude antiocidental quando chegarem ao poder. Isso não aconteceu com movimentos islamitas em nenhum outro lugar: nem no Sudão, nem no Irã, nem no Afeganistão”.

No fim das contas a escolha é entre uma ditadura pró ou antiocidental, afirma Shaked. “A nós interessa que alguém que pertença ao círculo interno de poder de Mubarak assuma o seu legado, a qualquer custo. Nesse processo, não é possível descartar a possibilidade de um derramamento de sangue maciço no curto prazo”, alerta o ex-ministro. “Essa não seria a primeira vez que rebeliões sociais no Egito são brutalmente esmagadas”.

Irã vê ascensão da linha-dura islâmica em terras árabes

Mais de um milhões de pessoas foram protestar contra o governo na Praça Tahrir, no Cairo
Esperando que os protestos que varrem as terras árabes possam criar uma abertura para as forças islâmicas radicais, os conservadores do Irã estão satisfeitos com os acontecimentos na Tunísia, no Egito e no Iêmen, cujos líderes seculares enfrentaram rebeliões de grande escala.

Enquanto o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad enfrentou sua própria revolta popular dois anos atrás - e a reprimiu com sucesso -, os conservadores iranianos dizem ver pouca semelhança entre aqueles eventos e as revoltas árabes; pelo contrário, compararam as recentes rebeliões à própria revolução islâmica no Irã em 1979.

"Na minha opinião, a República Islâmica do Irã deveria ver esses eventos sem exceção sob uma luz positiva", disse Mohammad Javad Larijani, secretário-geral do Conselho para Direitos Humanos Iraniano e uma das figuras mais francas entre os conservadores tradicionais do Irã.

Ele deixou claro que espera que o governo "anti-islâmico" de Zine El Abidine Ben Ali, que foi deposto na Tunísia, seja substituído por um "governo do povo", significando um em que as forças islâmicas conservadoras teriam o predomínio, assim como fizeram quando a população iraniana derrubou o xá Mohamed Reza Pahlevi, estabelecendo uma quase teocracia.

Do lado oposto estão os EUA e a França, ele disse, que "fazem o possível para surfar a onda e evitar que as pessoas estabeleçam o regime que elas desejam".

"Estou mais otimista sobre o Egito", disse Larijani em comentários publicados na sexta-feira no site Khabar Online, que é estreitamente ligado ao irmão dele, Ali Larijani, o presidente do Parlamento iraniano.

"Lá, os muçulmanos são mais ativos na agitação política, e se Deus quiser vão estabelecer o regime que quiserem", disse Mohammad Javad Larijani.

Alguns aqui repetiram a retórica pan-islâmica do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini.

"Hoje, em consequência dos dons da revolução islâmica no Irã, os povos islâmicos amantes da liberdade como as populações da Tunísia, Egito e países árabes próximos estão se erguendo contra seus governos opressivos", disse um importante religioso da linha-dura, aiatolá Mohammad Taghi Mesbah-Yazdi, que teria influência sobre Ahmadinejad.

Em comentários publicados na sexta-feira no site da agência de notícias semioficial Isna, Mesbah-Yazdi, que defende um sistema político em que as eleições simplesmente endossam líderes religiosos "escolhidos divinamente", cumprimentou a população da Tunísia e do Egito, afirmando que elas agiram "com base nos princípios" da revolução islâmica iraniana.

Enquanto isso, os líderes do movimento de oposição "verde" do Irã, que lideraram os grandes protestos de rua aqui dois anos atrás, depois da polêmica reeleição de Ahmadinejad, até agora não fizeram declarações sobre os acontecimentos na Tunísia, Egito e Iêmen.

Comentaristas estrangeiros tentaram traçar comparações e avaliar diferenças com a derrubada do governo de Ben Ali na Tunísia, mas muitos aqui consideraram as comparações forçadas e inconvincentes.

"Ninguém pode comparar a sociedade árabe com a iraniana", disse um ex-jornalista reformista que falou sob a condição de anonimato para evitar chamar a atenção dos serviços de segurança do Irã.

Influência da NRA atrapalha pesquisas de porte de armas, dizem os cientistas

Após a chacina em Tucson, Arizona, as perguntas familiares inevitavelmente ressurgiram: as comunidades onde mais pessoas portam armas são mais ou menos seguras? A disponibilidade de pentes de alta capacidade aumenta as mortes? Uma checagem mais rigorosa de antecedentes faz diferença?

A realidade é que mesmo essas e outras perguntas básicas não podem ser plenamente respondidas, porque não há pesquisa suficiente a respeito. E há um motivo para isso: os cientistas do campo e ex-autoridades da agência do governo que costumava financiar grande parte dessa pesquisa concordam ao dizer que a influência da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) praticamente estrangulou as verbas para esse trabalho.

“Nós fomos impedidos de responder as perguntas básicas”, disse Mark Rosenberg, ex-diretor do Centro Nacional para Prevenção e Controle de Lesões, parte dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão federal que por uma década é a principal fonte de financiamento para pesquisa de armas de fogo.

Chris Cox, o lobista chefe da NRA, disse que seu grupo não tentou impedir pesquisas científicas genuínas, apenas as politicamente inclinadas.

“Nossa preocupação não é com ciência médica legítima”, disse Cox. “Nossa preocupação é estarem promovendo a ideia de que o porte de armas é uma doença que precisa ser erradicada.”

A quantia de dinheiro disponível atualmente para o estudo do impacto das armas de fogo é uma fração da quantia disponível em meados dos anos 90, e em consequência o número de cientistas atuando no campo encolheu para um punhado, segundo os pesquisadores.

A seca de dinheiro também pode ser rastreada em grande parte ao choque entre cientistas de saúde pública e a NRA em meados dos anos 90. Na época, Rosenberg e outros dos CDC passaram a ser mais assertivos a respeito da importância do estudo das lesões e mortes causadas por armas de fogo como um fenômeno de saúde pública, financiando estudos que apontaram, por exemplo, que ter uma arma em casa, em vez de fornecer proteção, aumentava significativamente o risco de homicídio por parte de um membro da família ou conhecido íntimo.

Alarmados, a NRA e seus aliados no Capitólio contra-atacaram. O centro de lesões foi acusado de “apresentar estudos que na verdade são opiniões políticas mascaradas como ciência médica”, disse Cox, que também trabalhou neste assunto para a NRA há mais de uma década.

Inicialmente, os legisladores pró-armas buscaram fechar o centro de lesões, argumentando que seu trabalho era “redundante” e refletia uma agenda política. Quando isso fracassou, eles se voltaram para o processo de apropriações. Em 1996, o deputado Jay Dickey, republicano do Arkansas, conseguiu a aprovação de uma emenda que retirou US$ 2,6 milhões da verba dos CDC, a quantia que gastaram em pesquisa relacionada a armas de fogo no ano anterior.

“É muito simples para mim”, disse Dickey, 71 anos, atualmente aposentado, em uma entrevista por telefone. “Nós temos o direito de portar armas por causa da ameaça do governo tomar as liberdades que temos.”

O Senado posteriormente devolveu o dinheiro, mas o destinou para pesquisa de lesões traumáticas no cérebro. Também foi inserida uma linguagem no projeto de lei orçamentária que permanece em vigor até hoje: “Nenhum dos recursos disponibilizados para prevenção e controle de lesões dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças pode ser usado para defesa ou promoção do controle de armas”.

A proibição é notável, dizem pesquisadores de armas de fogo, porque já existem regulamentações que proíbem o uso de dinheiro dos CDC para lobby contra ou a favor de alguma legislação. Nenhum outro campo de pesquisa é distinguido desta forma.

No final, disseram os pesquisadores, apesar de ser nebuloso o que exatamente é permitido segundo a lei e o que não é, a conclusão é clara dentro dos centros: a agência deve caminhar nesta área sob risco próprio.

“Eles tiveram uma experiência de quase morte”, disse o dr. Arthur Kellerman, cujo estudo dos ricos em comparação aos benefícios de ter armas em casa se tornou o alvo do ataque da NRA.

Desde então, os CDC têm sido extremamente cautelosos no financiamento de pesquisa relacionada à armas de fogo. Em seus pedidos anuais de propostas, por exemplo, pesquisas ligadas a armas de fogo estão notadamente ausentes. Gail Hayes, porta-voz dos centros, confirmou que desde 1996, apesar da agência ter apresentado propostas que incluem o estudo da violência, que pode incluir violência de armas, ela não fez nenhum pedido específico sobre armas de fogo.

“Para que as políticas sejam eficazes, é preciso que sejam baseadas em evidência”, disse o dr. Garen Wintemute, diretor do Programa de Pesquisa para Prevenção de Violência, da Universidade da Califórnia, em Davis, que teve seu financiamento nos CDC cortado em 1996. “A Associação Nacional do Rifle e seus aliados no Congresso tiveram sucesso em estrangular a obtenção de evidências sobre as quais essas políticas poderiam se basear.”

Fundações privadas inicialmente preencheram a lacuna, mas a atenção delas tende a aumentar e diminuir, disseram os pesquisadores. Elas também tendem a ter mais interesse em trabalhos que levem a resultados imediatos e estão menos dispostas a financiar pesquisa epidemiológica básica, que os cientistas dizem ser necessária para o estabelecimento de uma base de conhecimento sobre a ligação entre armas e violência, ou a falta de.

O Instituto Nacional de Justiça, parte do Departamento de Justiça, também costumava financiar pesquisas sobre armas de fogo, disseram os pesquisadores, mas esse dinheiro também secou nos últimos anos. (Representantes do Instituto disseram que esperam revigorar o financiamento nesta área.)

Stephen Teret, diretor fundador do Centro Johns Hopkins para Pesquisa e Políticas de Armas, estimou que quantidade de dinheiro disponível para pesquisa de armas de fogo atualmente é um quarto do que costumava ser. Com tanta incerteza a respeito do financiamento, disse Teret, o círculo de acadêmicos que estuda o fenômeno diminuiu significativamente.

“Há muito, muito menos pesquisadores trabalhando no problema”, ele disse. “E, portanto, nosso conhecimento sobre todos os aspectos da relação entre armas e saúde pública não expandiu no ritmo esperado.”

Após o choque entre os centros e a NRA, Teret disse que representantes dos CDC pediram a ele que “evitasse algumas das coisas que eu estava dizendo sobre armas e políticas para armas”.

Teret fez objeção, dizendo que seus comentários públicos sobre políticas para armas não foram feitos enquanto estava na esfera dos CDC. Após ter ameaçado processar a agência, disse Teret, a agência lhe deu um “pouco mais de liberdade de ação”.

O financiamento pelos CDC de pesquisa sobre violência de armas não parou completamente, mas agora se limita ao trabalho em que as armas de fogo são apenas um componente.

A agência também pede aos pesquisadores que financia que a informe com antecedência sempre que publicarem estudos que tenham alguma ligação com armas de fogo. Os CDC, por sua vez, encaminham essa informação à NRA por cortesia, disse Thomas Skinner, um porta-voz dos centros.

Invariavelmente, disseram os pesquisadores, sempre que o trabalho deles trata de armas de fogo, os CDC ficam sensíveis. No final, eles disseram, frequentemente é mais fácil evitar o assunto caso queiram permanecer nas boas graças da agência.

O dr. Stephen Hargaten, professor e presidente de medicina de emergência da Faculdade de Medicina de Wisconsin, costumava dirigir um centro de pesquisa, financiado pelos CDC, que se concentrava na violência das armas, mas ele agora desviou sua atenção para outros assuntos.

“Não é possível buscar legitimamente uma agenda de pesquisa de longo prazo para realmente entender um problema em particular, a menos que você conte com apoio constante, estável, de dólares para pesquisa”, ele disse. “Assim, com as perguntas que estão sendo levantadas por esta tragédia mais recente, não há financiamento claro de pesquisa que ajudaria a responder essas perguntas incômodas que foram levantadas.”