Social Icons

https://twitter.com/blogoinformantefacebookhttps://plus.google.com/103661639773939601688rss feedemail

quinta-feira, 31 de março de 2011

Soldados americanos no Afeganistão já estão de posse de um novo tipo de morteiro pesado

Concepção artística de um ataque com o Accelerated Precision Mortar Initiative
Os soldados dos EUA no Afeganistão receberam neste mês os novos morteiros pesados de 120mm. Os novos morteiros têm alta precisão e são guiados por GPS.

Apelidado de “APMI” (Accelerated Precision Mortar Initiative), os novos morteiros de 120mm permetirão ao comandante de infantaria um ataque de precisão jamais sem igual.

A secretaria executiva do programa alocou morteiros do tipo Precisão Acelerada de Morteiros com cartuchos com iniciativa, ou APMI por sua sigla em inglês, para um time da Brigada de Infantaria de Combate, ou IBCT, ainda este mês, e está agendado para alocar morteiros a outros sete IBCTs no Afeganistão dentro de seis meses.

“APMI é um morteiro de 120mm guiado por GPS que fornece ao comandante de uma unidade de infantaria a capacidade de um ataque de precisão, com o qual ele nunca pôde contar”, disse Peter Burke, gerente de produtos do departamento de munições da PEO, das Munições de Precisão Guiada e dos Sistemas de Morteiros.

Morteiros são um meio de fogo indireto usado para derrotar tropas inimigas, materiais, bunkers e outros alvos de infantaria.

"Normalmente os morteiros são disparados em salvas contra um alvo na área por causa de sua imprecisão inerente, mas com a APMI, você tem o potencial de destruir um alvo com apenas um ou dois disparos", disse Burke.

O cartucho APMI atende à exigência de 10 metros CEP (ou erro circular provável), mas Burke disse que o programa é ainda superior a este requisito. Dez metros CEP significam que se você desenhou um círculo em torno de um alvo com 10 metros de raio, os tiros têm de atingir a área dentro do círculo pelo o menos em 50% das vezes.

O atual CEP para morteiros de 120 milímetros em seu alcance máximo é de 136 metros. Morteiros com os recursos mais avançados, tais como posição de precisão e sistemas de apontamento, pode conseguir um CEP de 76 metros, o que ainda torna o APMI sete vezes mais preciso do que qualquer morteiro já anteriormente desenvolvido.

Enquanto o APMI não irá substituir morteiros padrão de 120mm, sua precisão permitirá a um comandante a capacidade de destruir um alvo com precisão se houver riscos de danos colaterais, explicou Burke.

Insurgentes deliberadamente planejam ataques em áreas povoadas, na esperança de que forças de oposição não desejem retaliações, para não arriscarem-se a danos acidentais a civis ou danos em bens não-militares.

"Às vezes, se o risco de danos colaterais é muito alto, você pode não ser capaz de atirar (com o padrão 120mm) em todos", disse Burke de sobre confrontos com inimigos. "Nesse caso, ao invés de atirar com um morteiro a partir de um local protegido, você teria que enviar tropas para um confronto com armas de disparo direto, os expondo a maiores riscos”.

Mas por conta da tecnologia GPS do APMI, que fornece um preciso primeiro disparo com alta efetividade, tropas vão ter a oportunidade de empregar a precisão APMI onde anteriormente não o poderiam, como em proximidade a forças amigas ou em áreas urbanas.

Além de reduzir o risco para a população local e mantendo os membros dos serviços americanos fora de perigo, o APMI reduz ainda a carga logística de reabastecimento de munições.

Uma unidade de morteiro geralmente carrega 25 morteiro de alto teor explosivo (ou HE), disse Burke, e agora eles irão realizar uma mistura de munições padrão e APMI.

Ao invés de dispararem grandes quantidades de tiros HE, as tropas podem disparar um ou dois tiros APMI e eliminar o alvo, e assim suas necessidades de reabastecimento serão diminuídas.

No APMI XM395, o morteiro M934 usa no corpo do projétil um padrão de alto poder explosivo de 120 milímetros. No nariz, um receptor GPS e aletas direcionais aerodinâmicas controladas por computador mantêm o projétil em sua trajetória programada. Aletas de dobramento na cauda proporcionam estabilidade.

O APMI também tem um fusível multifuncional, que permite que o projétil seja programado para explodir no ar, uma vez que atinja uma superfície dura ou depois que penetrar num alvo qualquer.

Para que o voo autônomo e o controle do fusível funcionem adequadamente, operadores devem colocar informações sobre a missão e dados do GPS de um computador de controle de fogo dentro do projétil, usando um dispositivo de regulagem.

Desde cedo que o programa de investimentos em munições da PEO contribuiu para o desenvolvimento do APMI, provendo-o com blocos de construção tecnológica e pavimentações de estradas, incluindo o projétil Excalibur de 155 milímetros e o kit de orientação precisa, conhecido como PGK. O PGK é um kit fusível guiado por GPS e de baixo custo que melhora a pontaria dos projéteis existentes de 155 milímetros.

O Centro de Desenvolvimento de Pesquisas de Armamentos e Engenharia, ou ARDEC, co-localizado aqui, desenvolve avançados sistemas de controle de fogo que ajudam os operadores de morteiros a aumentarem a velocidade de suas operações e a precisão de seus disparos. Estes incluem o Computador Balístico de Morteiros leve-portátil, e o controle de fogo do morteiro desmontado de 120mm, que foram modificados para a alocação do APMI e para garantirem que as operações com morteiros continuem simplificadas.

“Haviam muitos obstáculos tecnológicos difíceis que cruzamos antes, durante nosso desenvolvimento de controles digitais de fogo que requeriam interface com projéteis inteligentes, e que culminaram no APMI”, disse Patti Alameda, gerente de competência da Divisão da ARDEC de Morteiros e Sistemas de Controles Comuns de Fogo. “A habilidade das pessoas de trabalharem num time e integrarem toda a sofisticada tecnologia de um modo que reduza a carga sobre o soldado é justamente o modo pelo qual nós granjeamos este salto de qualidade”.

O cartucho APMI é acionado do sistema M120 de morteiros, que é compatível com o kit de estiva do morteiro M326. Também desenvolvido na ARDEC, os kits de estiva do morteiro M326 estão agora em produção em larga escala e serão alocados aos IBCTs nos próximos anos.

A partir de agora, Burke disse que não há exigências de capacidade de precisão para morteiros de 60 e 81mm.

As exigências do Exército para munições precisas em mais largos calibres permitem que a tecnologia seja mais facilmente adaptada a estes projéteis maiores, disse ele.

“O 120 te oferece muito mais espaço para trabalhar”, disse Burke. “Para montar toda essa eletrônica em cartuchos menores, com a tecnologia de hoje, não é factível. Eles começaram com o maior tamanho para nos dar mais espaço para trabalhar. Além do mais, esta é a letalidade do 120, que já está aos trancos e barrancos acima do que um 60 milímetros HE pode fazer”.




Nenhum comentário:

Postar um comentário