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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Unidade que executou missão contra Bin Laden é uma das mais secretas dos EUA

Insígnia do SEAL
Ryan Zinke, 49, ex-membro da Equipe Seal Número 6 que atualmente é deputado estadual pelo Partido Republicano em Montana, diz que os membros desta equipe de elite têm uma certa personalidade: “Eu diria que eles são extremamente autoconfiantes e também arrogantes.” Os Seals foram criados pelo presidente John Fitzgerald Kennedy em 1962 como forma de expandir os recursos de guerra não convencional. A Equipe Seal Número 6 surgiu mais tarde, como reação à fracassada missão de resgate de reféns norte-americanos no Irã em 1980, quando o Pentágono enxergou a necessidade daquilo que se tornou o atual Comando de Operações Especiais, com uma unidade especial da Marinha focada nas missões de contraterrorismo.

Historicamente, a Equipe Seal Número 6 é especialista em guerra marítima, mas na década que se seguiu aos ataques de 11 de setembro de 2001, ela passou a lutar cada vez mais em terra no Iraque e no Afeganistão.

O seu contingente é secreto, mas acredita-se que o número de soldados da Equipe Número 6 tenha dobrado para quase 300 desde então. Ao todo, existem atualmente cerca de 3.000 membros dos Seals na ativa, distribuídos por equipes com números ímpares em Coronado e números pares em Virginia Beach.

A Equipe Número 6, que fica estacionada em uma área separada de todas as outras, no Anexo Dam Neck da Estação Aérea Naval Oceana, em Virginia Beach, possui muitos membros com cerca de 35 anos de idade, que são pelo menos uma década mais velhos do que os jovens de 20 anos tão comuns nas forças armadas dos Estados Unidos. “Eu costumava chamar a equipe de clube dos velhos”, diz Zinke.

Refletindo a importância crescente das operações especiais e da guerra de guerrilha, os membros dos Seals foram alçados aos mais altos níveis de proeminência dentro das forças armadas após os ataques de 11 de setembro.

O oficial que planejou e supervisionou a operação contra Bin Laden, vice-almirante William R. McRaven, é um integrante dos Seals que em breve assumirá a chefia do Comando de Operações Especiais das Forças Armadas do almirante Eric T. Olson, que também é membro dos Seals. O vice-almirante Albert M. Calland III, outro membro dos Seals, chegou ao cargo de vice-diretor da CIA de 2004 a 2006. Na quarta-feira, o Pentágono anunciou que o vice-almirante Robert S. Harward Jr., também membro dos Seals, se tornará vice-comandante do Comando Central dos Estados Unidos, o que fará dele o segundo oficial militar norte-americano de mais alta patente para missões no Oriente Médio.

Eric Greitens, um ex-membro dos Seals que escreveu um livro sobre as suas experiências, “The Heart and the Fist” (“O Coração e o Punho”), diz que os Seals foram mal interpretados como sendo os comandos mais mortíferos do país.

Embora as descrições sangrentas das fotos de Bin Laden com uma bala na cabeça possam parecer confirmar essa reputação – e ajudar a explicar por que o presidente Barack Obama decidiu na quarta-feira não divulgá-las –, Greitens chamou os membros dos Seals de comandos “criativos” que entenderam que “a missão era não apenas matar Osama bin Laden, mas também trazer consigo a maior quantidade possível de material de inteligência”.

O material coletado pela equipe dos Seals nas instalações de Bin Laden incluem mais de 100 dispositivos de armazenamento de dados – DVDs, flash drives e discos de computador – bem como cinco computadores e dez discos rígidos de computador.

Apesar do sucesso da missão, os ex-membros dos Seals reconhecem a precariedade da operação e o grau de sorte pelo qual ela foi marcada. “Se as coisas tivessem dado errado, a nossa conversa neste momento seria inteiramente diferente”, diz Shipley. “Só existem dois resultados possíveis nessas operações – zero ou heroico”.

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