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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rússia entrega primeiro lote de helicópteros Mi-17V5 à Índia

A Rússia entregou à Índia o primeiro lote de helicópteros Mi-17V5, informou hoje uma fonte próxima ao Ministério da Defesa da Índia.

“Os aparatos chegaram ontem desmontados à cidade de Chandigarh, onde já estavam esperando um grupo de especialistas russos que se encarregaram de monta-los”, disse a fonte.

A fonte agregou que os especialistas russos testaram os helicópteros em voo e só depois os entregarão para os indianos.

O respectivo contrato prevê a entrega de 80 novos helicópteros. A Índia já dispõe de cerca de 150 helicópteros Mi-8 e Mi-17, segundo reporta a imprensa local.

O lote entregue recentemente é o primeiro de um total de quatro lotes a serem entregues à Índia.

O que causa estranheza é que o “Informante” já havia anunciado a entrega desse primeiro lote na data de 11 de agosto. Na ocasião, o blog dava a notícia embasado nas palavras de Dmitri Petrov, diretor-geral da empresa Helicópteros da Rússia. Veja a notícia de 11 de agosto:

"Rússia entrega primeiro lote de helicópteros Mi-17V-5 à Índia"






Índia testa com sucesso míssil balístico de IRBM Agni II

Agni I

A Índia realizou hoje com sucesso um lançamento do míssil balístico de alcance intermediário (IRBM por sua sigla em inglês) Agni II, capaz de levar consigo ogiva nucleares”, informaram fontes oficias, citadas pela agência indiana IANS.

O míssil foi lançado de uma base militar no estado oriental de Orissa.

Incialmente o lançamento foi fixado para o dia 29 de agosto, mas foi atrasado por um mês por questões técnicas.

Pesando 6 toneladas, o míssil “Agni II” é um míssil balístico de duas etapas de combustível sólido, é capaz de levar consigo ogivas nucleares de até 1000 kg e tem um alcance de 2.000 km.

O lançamento foi o terceiro teste de míssil balístico somente esse mês pelos indianos. No último dia 26 de setembro, a Índia testou o míssil balístico Prithvi II, e dois dias antes efetuou um lançamento de testes do míssil Shaurya.

Rússia substitui o mítico fuzil AK-47 por armas mais leves, mas esconde notícia do criador

O general Mikhail Kalashnikov está muito idoso, com 91 anos, e sua saúde pode piorar se receber más notícias. Por isso ontem toda a Rússia compartilhava um segredo que ninguém quis lhe contar ainda: que o exército russo decidiu deixar de comprar o famoso fuzil de assalto que o militar inventou há 64 anos. O Ministério da Defesa deixou de assinar novas encomendas do AK-74 série 100, o último modelo de fuzis Kalashnikov, que começaram com o primeiro desenho, o mítico AK-47.

As guerras não são mais o que eram, e chegou o momento de o fuzil de assalto mais famoso do mundo ser modernizado. O chefe do Estado-Maior russo, general Nikolai Makarov, disse à imprensa que as forças armadas já têm armas demais desse tipo em seus arsenais, em um tempo em que essa geração de fuzis deixou de responder às exigências atuais de combate. Um parente de Kalashnikov, cujo nome não foi divulgado, disse ao jornal "Izvestia" que não se atreveram a lhe dar a má notícia. "Não quisemos ter sobre nós essa responsabilidade. Ouvir isso poderia matá-lo."

Makarov explicou que o exército russo precisa de armas mais modernas. Os novos desenhos já estão nas mesas de trabalho da fábrica de Izhevsk, a cidade onde são fabricados os Kalashnikov e onde o veterano inventor e general passou grande parte de sua vida. A fábrica de Izhevsk já anunciou que está preparada para apresentar um fuzil de quinta geração.

A direção da fábrica disse que no final de 2011 estará pronta uma nova arma com as exigências e as características pedidas pelo Ministério da Defesa. Segundo a agência de notícias Interfax, depois dessa modernização a fábrica estará outra vez disposta a dar ao exército russo seus inseparáveis AK. No entanto, a substituição dos fuzis existentes será feita aos poucos, já que, segundo os especialistas, estarão em boas condições por mais 15 ou 20 anos. Makarov descartou novas encomendas antes de 2014.

Entre as deficiências do atual modelo AK, os especialistas citam sua precisão insuficiente em grandes distâncias, a ausência de abertura no carregador, uma empunhadura não ergonômica, a dificuldade para colocar peças complementares e seu peso elevado. O fuzil de assalto Kalashnikov é uma arma para guerras de grande escala, com mobilização das forças de reserva. No entanto, as necessidades dos exércitos atuais mudaram substancialmente.

Hoje as forças armadas se orientam para operações militares reduzidas em conflitos regionais em tempos de paz. Por isso, de um ponto de vista teórico, a Rússia precisa de outra arma, explica Viktor Murajovski, coronel aposentado que trabalhou no alto comando do exército. Como prometem na fábrica de Izhevsk, capital da República da Udmúrtia, a 1.225 quilômetros a leste de Moscou, o novo Kalashnikov terá características táticas e técnicas melhores que o modelo anterior, e também será mais ergonômico. Como todos os modelos AK, não perderá sua principal característica, a confiabilidade.

Os novos fuzis não só serão destinados ao exército russo, como também à exportação. De fato, a série 100 do AK-74 continua sendo fabricada para venda fora do país. Mas dentro da Rússia continuam sendo enviados às tropas do Ministério do Interior e às forças especiais.

O AK-74 começou sua carreira em 1974. Depois sofreu duas modificações: em 1991 foi criada a série AK-74M. E em 2001 foi incorporada uma placa que permite fixar equipamentos auxiliares, como indicadores a laser. Esse é o AK-74 série 100 fabricado hoje.

Mikhail Kalashnikov, um ex-recruta do Exército Vermelho, conheceu as deficiências das velhas carabinas soviéticas durante o combate contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Terminada a disputa, inventou um fuzil do qual foram vendidos mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo. Sua confiabilidade (é muito difícil de emperrar) e sua adaptação a todos os climas o transformaram no preferido de guerrilhas e exércitos durante a segunda metade do século 20.

O texto acima é uma reprodução fiel do jornal catalão “La Vanguardia” e contém alguns erros de informação. O meu blog foi um dos primeiros a dar essa notícia. Por tanto, deixo um link para que os senhores possam (re)ler e evitar que sejam “enganados” por erros de informação do jornal catalão: 

 "Ministério da Defesa da Rússia deixa de comprar fuzis Kalashnikov AK-74"

Amorim diz que compra de caças é fundamental e urgente

A compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) é considerada fundamental e urgente pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, mas ainda não foi discutida “em profundidade” com a presidenta Dilma Rousseff.

Amorim, que participou nesta quinta-feira, 29, de audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, destacou a relevância do assunto devido ao estado dos caças Mirage que país detém e do tempo que as empresas que produzem os aviões levam para entregá-los.

“Até o final de 2013, nenhum dos 12 Mirages que estão em Anápolis estará em condição de atuar plenamente. É algo realmente muito urgente, muito importante. A necessidade de defesa da Amazônia, das fronteiras, impõe que nós tenhamos uma aviação de caças adequada”, afirmou Amorim.

Apesar disso, o ministro disse que falou apenas superficialmente sobre o assunto com a presidenta. Amorim ressaltou ainda que os aviões não serão escolhidos apenas pelo preço, por considerar que “em defesa, o barato sai caro”. A transferência de tecnologia, já colocada como requisito na escolha dos caças, será fator determinante.

“Há atenção prioritária à transferência de tecnologia. Não apenas a promessas de transferências de tecnologia, mas a questões contratuais e à presença de empresas brasileiras no processo de transferência”, explicou o ministro.

Amorim critica baixo investimento militar no Brasil

Em seu primeiro pronunciamento no Senado após assumir o ministério da Defesa, Celso Amorim criticou ontem o baixo investimento do governo nas Forças Armadas.

Convidado para falar na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, ele listou projetos para a modernização das Forças e reclamou da pouca verba disponível para executá-los.

Segundo Amorim, o gasto bélico brasileiro é proporcionalmente o mais baixo dentre os países do Bric (grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia e China).

Enquanto os chineses gastam em torno de 2,2% do PIB no setor, esse percentual no Brasil é de cerca de 1,3% (ou R$ 60 bilhões), disse a assessoria do ministério.

"Nosso equipamento é 40 anos, 50 anos atrasado, isso é uma constatação que tenho ouvido das várias Forças", disse Amorim.

Apesar da crítica, ele disse que a presidente Dilma Rousseff compreende a necessidade de investimento e que só não age de maneira mais rápida devido às incertezas geradas pela crise econômica.

Um dos exemplos de decisões postergadas é a compra de 36 novos caças, cujas negociações foram suspensas no início do ano sob o argumento de que era necessário cortar custos.
Segundo Amorim, o prazo final para a aquisição dessas aeronaves é o final de 2013.

O discurso do ministro ecoa uma opinião já cristalizada entre militares e aproxima Amorim de seus comandados, que viram com desconfiança a ida do ex-chanceler para a pasta.

Marinha começa a comprar sistema que irá monitorar pré-sal

Aparelho também será usado em salvamentos e no combate ao tráfico e ao contrabando

A Marinha assinou contrato de R$ 31 milhões para definir a arquitetura técnica, operacional e financeira de um sistema de satélite, radares e equipamentos de sensoriamento submarino para monitorar o mar territorial brasileiro, especialmente a área do pré-sal.

Chama-se Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) e, segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, a presidente Dilma e o ministro da Defesa, Celso Amorim, garantiram recursos para deflagrar e posteriormente implantar o projeto.

O contrato foi assinado com a Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (Atech), entidade de direito privado sem fins lucrativos.

O sistema terá como alvo a chamada "amazônia azul", que compreende a foz do rio Amazonas, todo o litoral e o mar territorial brasileiro (as milhas sobre as quais o país tem jurisdição).
A área se tornou estratégica com a sucessiva ampliação do espaço petrolífero.

Moura Neto explicou que o futuro sistema se integrará a outro em elaboração pelo Exército e destinado às fronteiras terrestres do Norte. Ambos terão uso civil e militar.

O sistema também será voltado para socorro e salvamento, controle da pesquisa de espécimes, meteorologia e repressão ao tráfico de drogas, ao contrabando, à pirataria e à poluição hídrica.

Os valores globais dependem da conclusão do projeto da Atech, em até dois anos, quando será lançado o edital de licitação. A estimativa para o outro sistema, o Sisfron, por exemplo, é R$ 10 bilhões.

O projeto prevê o desenvolvimento de radares de vigilância baseados em terra e de diferentes alcances, o sensoriamento remoto por radar, câmeras nos principais portos e a aviação de vigilância marítima, além de Vants (veículos aéreos não tripulados) e Blimps (dirigíveis).

A indústria internacional acompanha o passo-a-passo do projeto, mas o comandante destaca uma determinação direta da presidente: o principal satélite de monitoramento será nacional.

"A independência brasileira é crucial. Nosso objetivo não é de ataque, é de dissuasão. Nenhum outro país ou organização pode ter condições de cegar um satélite que é para enxergar, calar um satélite que é para falar", disse.

Segundo ele, a mudança de ministro da Defesa, do jurista Nelson Jobim para o diplomata Celso Amorim, seu ex-colega de escola primária, "foi só de personalidade, não de metas, porque a Defesa está muito bem estruturada".

O comandante disse que, apesar dos pesados gastos no Orçamento da Defesa, o programa nuclear e de construção de submarinos convencionais da Marinha "está passando bem por 2011". Quanto a 2012, os recursos previstos são de R$ 2,1 bilhões.

Submarinos estratégicos da classe Typhoon não serão “desmanchado”, diz fonte ligada o Ministério da Defesa da Rússia

Uma fonte do alto escalão do Ministério da Defesa da Rússia negou hoje os rumores sobre o desmanche dos submarinos estratégicos da classe Typhoon em um futuro próximo.

Várias agências e portais russos noticiaram na data de ontem (29) que os militares russos estavam planejando desmanchar os maiores submarinos até o ano de 2014.

“O Ministério da Defesa não tomou essa decisão. Os submarinos continuarão em serviço na Marinha”, disse um oficial à agência russa RIA Novosti nessa sexta-feira.

O primeiro submarino da classe Typhoon entrou em serviço na Armada Soviética na década de 8. Três submarinos dos seis dessa classe ainda continuam em serviço.

O submarino “Dmitry Donskoy” foi modernizado para ser utilizado como plataforma de testes do novo míssil balístico intercontinental naval Bulava e permanecerá nessa função por um longo tempo, disse a fonte.

Os outros dois submarinos dessa classe, “Arkhangelsk” “Severstal” estão aguardando suas respectivas modernizações na base naval em Severodvinsk, no norte da Rússia.

“O problema é que eles não tem em seu arsenal os mísseis navais R-39 (SS-N-20 Sturgeon), uma vez que a produção desses mísseis cessou em 1991 na Ucrânia”, disse a fonte.

Os submarinos da classe Typhoon tem um deslocamento máximo de 33.800 toneladas e foram construídos para transportar 20 mísseis intercontinentais navais SS-N-20, todos os quais foram retirados dos submarinos.

No entanto, esses submarinos provavelmente serão modernizado para transportarem uma nova geração de mísseis de cruzeiro, algo semelhante feito pelos EUA com os submarinos classe Ohio.

Os Typhoons será substituído no futuro pelos novos submarinos estratégicos da classe Borey, que serão equipados com mísseis Bulava.

Alemanha se interpõe ao projeto espanhol de venda de tanques de batalha Leopard à Arábia Saudita

Os alemães enviaram seu próprio tanque de batalha para ser testado no deserto

Leopard 2A7

Espanha e Alemanha continuam sua contenda particular para vender seus próprios carros de combate Leopard à Arábia Saudita. Ambos os países enviaram ao deserto arábio seus dois protótipos adaptados. O tanque espanhol teve um bom desempenho, mas teve problemas com a velocidade.

Segundo fontes do Ministério da Defesa da Espanhol, nos meses de verão a Espanha enviou a Arábia Saudita um protótipo melhorado do Leopard 2 espanhol, com especificações técnicas adaptadas as duras condições do deserto. Sobretudo no sistema de refrigeração do blindado.

No entanto, o negócio poderia fracassar devido a Alemanha tentar de todas as formas melar o negócio. Segundo eu apurei, a Alemanha também enviou à Arábia Saudita uma versão do Leopard 2. Para se mais preciso, a Alemanha enviou para o deserto saudita a versão “2A7+” do Leopard 2, a mais moderna de todas. Mas os espanhóis não levam desvantagem apenas na preferência saudita pelos blindados fabricados na Alemanha e na qualidade dos tanques em si. Afinal todos nós sabemos que a Espanha fabrica sob licença o Leopard 2, tanque esse que é de propriedade intelectual das empresas alemãs Rheinmetall e Krauss Maffei Wegmann. Ou seja, a Alemanha poderia acabar com as pretensões espanholas a qualquer instantes.

Essa viagem foi confirmada pelo Ministério da Defesa da Alemanha e despertou certa preocupação na empresa espanhola Santa Bárbara Sistemas. As negociações com os sauditas não estão sendo fáceis.

“Os negociadores são extremamente complicados e sensíveis”, disse uma fonte ligada as negociações, agregando que as negociações caminham bem.

O atravessamento alemão nas negociações lançam mais dúvidas em um momento complicado para a empresa espanhola, que está imersa em incertezas sobre se haverá carga de trabalho para janeiro de 2012.

Mas de algo os espanhóis poderão ser orgulhar. O protótipo espanhol foi bem nos testes e o sistema de refrigeração se comportou bem. O único ponto negativo fora que o tanque espanhol foi ligeiramente mais lendo do que o esperado no terreno arenoso, disse uma fonte da General Dynamics Santa Barbara Sistemas.

Arábia Saudita testou em seu deserto o obus espanhol 155/52 APU SBT

A empresa espanhola Santa Barbara Sistemas (GDSBS) aproveitou a viagem promocional à Arábia Saudita para mostrar o Leopard 2E e também levou um exemplar de seu obus rebocado de 155mm

Obus 155/52 APU SBT
O “Informante” detalha agora a viagem dos funcionários de Defesa e engenheiros da Santa Barbara Sistemas (GDSBS) à Arábia Saudita para apresentar os militares sauditas as funcionalidades no deserto do tanque de batalha Leopard 2E.

Segundo esse editor pode apurar, nessa viagem também fora apresentado aos sauditas um dos melhores produtos da empresa espanhola: o obus 155/52 APU SBT, uma peça de artilharia propulsada, que tem um motor a diesel de mais de 100cv, e que lança um projétil a uma distância de 40 km e que pesa 13.500 kg.

A Espanha dispõe atualmente de 82 peças desse tipo. A Colômbia foi o único país estrangeiro até o momento que importou o 155/52 APU SBT. O país sul-americano comprou 15 peças por 14 milhões de euros entre 2006 e 2007. A Arábia Saudita poderia se tornar no segundo importador dessa peça de artilharia.

Êxitos nos testes
Fontes ligadas a empresa GDSBS dão conta que os testes realizado no deserto da Arábia Saudita resultaram “de todo satisfatório” para os militares locais. E mas, eles confirmaram seu interesse no obus espanhol.

Se os sauditas realmente comprarem o obus espanhol, a venda será um bálsamo para empresa espanhola, já que a carga de trabalho nas fábricas asturianas de La Veja e Trubia se encontra a baixo do mínimo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Especialistas russos em armas aprimoram suas técnicas de tiro na cidade de Alabino

Operadores especiais retornam à Moscou


Retornou à Moscou uma unidade de propósito especial, consolidada no Centro da Polícia Metropolitana. Os homens passaram seis meses na Chechênia e realizaram dezenas de operações militares no país e nas montanhas vizinhas.

Submarino russo da Frota do Norte realiza com sucesso lançamento do míssil “Lainer”

Submarino nuclear K-114 Tula

O submarino nuclear K-114 Tula da Frota russa do Norte realizou com sucesso um lançamento de testes do míssil “Lainer”, informou o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.

“As ogivas do míssil, lançado desde o Mar de Barents, atingiram na hora programada os alvos instalados no polígono militar de Kura, em Kamchatka (Extremo Oriente da Rússia”, precisou o porta-voz.

Ucrânia oferece ao Brasil tecnologia de mísseis, navios, blindados e tenta ressuscitar o AN-70

Em um passado não muito distante circulava no meio militar que o Exército Brasileiro
tinha grande interessante no tanque de batalha ucraniano T-84 Oplot

A visita do ministro da Defesa da Ucrânia, Mykhailo Bronislavovych Yezhel, ao Brasil, na qual viera um grupo de empresários ucranianos consigo, foi recheada de reuniões com o seu homólogo brasileiro, Celso Amorim e com o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), o general José Carlos de Nardi, entre outras autoridades, frutificou em distintos acordos e propostas militares. 

Conjuntamente com o diretor da Agência Ucrânia de Estaleiros, fora proposto ao Brasil não só a construção de navios de patrulha oceânica  de 500 toneladas e, em de forma conjunta (entre Ucrânia e Brasil) navios de 1800 toneladas. Os ucranianos também expressaram desejo em participar da licitação de navios escolta de 6200 toneladas para a Armada Brasileira.

No âmbito terrestre, o leque de ofertas incluiu a possibilidade da à Ucrânia transferir tecnologia para o Brasil para fabricação de mísseis de cruzeiro em solo Brasileiro.  Igualmente, a Ucrânia ofereceu ao Brasil distintos tipos de veículos blindados.

No âmbito aeronáutico, a visita ministerial havia sido presidida por uma delegação da empresa ucraniana Antonov, que ofereceu a diversas linhas aéreas regionais brasileiras, principalmente a empresa gaúcha NHT, o avião bimotor AN-38/100. Os ucranianos também ofereceu ao Brasil a oportunidade de reativar o projeto AN-70, por hora com apenas duas exemplares de pré-série na Força Aérea Ucraniana. Os ucranianos acreditam que o AN-70 é o único rival já projetado para o Airbus A-400M. A oferta ucraniana, de reativar o projeto do AN-70 não agradou aos brasileiro em um primeiro momento. Amorim preferiu destacar as características do projeto nacional KC-390 da Embraer. Mas Amorim prestou atenção em outra oferta ucraniana, a do avião de patrulha biorreator AN-168, uma variante do AN-148, que comercialmente não teve sucesso.

EUA não leva a sério a “ameaça” naval do Irã

O  destroier Jamaran foi o primeiro navio do tipo a ser fabricado pelo Irã

A Casa Branca afirmou nesta quinta-feira (29) que não levará a sério a ameaça do Irã de enviar navios de guerra próximo as águas territoriais dos Estados Unidos.

“Não levamos a sério essas declarações, porque elas não refletem as capacidades (reais) navais do Irã”, disse Jay Carney, porta-voz do presidente americano Barack Obama.

Ontem o comandante da Armada Iraniana, o almirante Habibollah Sayari disse que o Irã tem a intenção de enviar navios de guerra ao Atlântico, “próximo as águas territoriais americanas”, no entanto, ele não deu maiores detalhes de quando isso aconteceria, tampouco que posição no Atlântico os barcos iranianos tomariam.

As Forças Navais iranianas operam principalmente no Golfo Pérsico – onde também se encontra uma Frota Americana – e estas estão equipadas quase que em sua totalidade com navios de pequeno porto equipados com uma vasta gama de mísseis.

Irã arma as suas unidades aérea com um grande número de sistemas “Mersad”

O Irã equipou nesta quinta-feira (29) várias unidades de defesa aérea ao longo do país com um grande número de sistema nacionais "Mersad” em um claro movimento para impulsionar ainda mais o poder defensivo do país e a capacidade contra ataques aéreos inimigos.

Os sistemas foram revelados e entregues às unidades de defesa em uma cerimônia presenciada pelo comandante da base aérea iraniana de Khatam ol-Anbia, o brigadeiro-general Alireza Sabahifard.

O Mersad é um escudo de defesa aérea desenvolvimento em sua totalidade por engenheiros e técnicos iranianos para promover o poder do Irã.

O Shalamcheh é um míssil de médio alcance que atinge a velocidade de Mach 3 e que também pode ser usado em um sistema de curto alcance.

Em abril deste ano, o Irã testou com sucesso o míssil Shalamcheh e outro míssil de médio alcance baseado no míssil americano Hawk, o míssil iraniano ficou conhecido como “Shahin”, capaz de detectar e abater aviões em baixas e médias altitudes.

Documentário - Targeting: Bin Laden (em inglês)


Esse documentário conta o que foi a maior operação inteligência militar da história na lita contra o terrorismo. O documentário relata meticulosamente como os EUA chegaram até Bin Laden e o mataram. A busca por Bin Laden é contada através de entrevista e dramatizações. O documentário tem uma excelente dramatização de como foi o assalto à casa de Bin Laden, Abbottabad, Paquistão, por parte do Time 6 do SEAL.

Rússia planeja "desmanchar" seus três submarinos estratégicos da classe Typhoon

A Rússia planejar aposentar em 2014 e posteriormente “desmanchar” os três submarinos estratégicos nucleares que ainda restam do Projeto 941 Akula, ou Typhoon na classificação OTAN, informou ao jornal russo Izvestia um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.

O novo tratato Start, assinado por EUA e Rússia em 2010, limita os respectivos arsenais estratégicos para 1.550 ogivas nucleares. A Rússia pode instalar mais de 1.100 ogivas somente nos submarinos do Projeto 995 Borey e colocar o resto das ogivas abordo de aviões estratégicos de longo e nas unidades de mísseis estratégicos.

Os submarinos da classe Borey são muito mais modernos, são mais difíceis de detectar, tem menos tripulantes e não são tão caros no que tange a manutenção, explicou o militar.

Representantes dos estaleiros Sevmash, onde foram construído os submarinos 834 TK 208 Dmitriy Donskoy, 830 TK 17 Arkhangelsk e TK 20 Severstal são os maiores submarinos do mundo. Os russos estão pensando em convertê-los em “submarinos tanque” para transportar gás natural liquifado, petróleo ou outros materiais no Ártico.  Funcionários da Defesa dizem que a modernização desses submarinos acarretaria em um gasto de milhões e mais milhões de rublos e que é melhor gastar esse dinheiro construindo novos submarinos.

Alguns especialistas militares, como Kostantin Sivkov, sugere instalar mísseis de cruzeiro a bordo dos submarinos, tal como fez os EUA com seus submarinos da classe Ohio. Outros especialistas, entre eles, o chefe do Instituto russo de evoluções estratégicas, Alexandr Konovalov, opinam que a época dos gigantes Typhoon chegou ao fim.

Em maio de 2010, o comandante da Armada Russa disse que os submarinos nucleares da classe Akula se manteriam em serviço até o ano de 2019.

Mohamed ElBaradei, ex-diretor da AIEA: "Não podemos ficar sem a energia nuclear"

Diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 1997 a 2009, Prêmio Nobel da Paz em 2005, Mohamed ElBaradei deverá falar em Paris, na quarta-feira (28), dentro de um colóquio sobre a energia organizado pela consultoria KPMG. Ele analisa para o “Le Monde” o futuro da energia nuclear após o acidente de Fukushima.
 
Mohamed El Baradei é ex-chefe da AIEA, Prêmio Nobel da Paz e líder pró-democracio no Egito
Le Monde: Que lições o senhor tirou do acidente de Fukushima?
Mohamed ElBaradei: Tirei duas. Será preciso melhorar a segurança dos 430 reatores em operação no mundo, pois éramos mais negligentes trinta anos atrás, e acelerar a introdução de novas tecnologias, que são bem mais seguras. Em alguns casos precisarão ser bruscos e não hesitar em fechar as usinas velhas, cuja segurança não pode ser melhorada. Eu sugiro começar a revisão por aquelas do tipo RBMK (como em Chernobyl), que não possuem fortificação de confinamento, e pelos reatores do tipo de Fukushima. É preciso também encontrar um meio de inspecionar os reatores militares.

Le Monde: A energia nuclear ainda tem um futuro?
ElBaradei: Não podemos ficar sem a energia nuclear. Ela já fornece 14% da eletricidade mundial. E serão 24% em 2050, segundo a Agência Internacional de Energia. Um bilhão e meio de seres humanos não têm acesso à energia elétrica. E sem isso, não há desenvolvimento.
 
Le Monde: No entanto, Fukushima irá frear seu desenvolvimento e aumentar seus custos?
ElBaradei: A energia nuclear certamente será mais cara, em razão do uso das novas tecnologias e do reforço da segurança, mas eu a não vejo desacelerando muito. Atualmente existem 65 reatores em construção em quinze países. Duvido que a China e a Índia abandonem seus projetos.
 
Le Monde: Diversos países, entretanto, abandonaram: a Alemanha, a Suíça, a Itália...
ElBaradei: Sim, mas veja por exemplo a Suécia, que havia planejado o fim do programa nuclear em 1980: ela tinha então doze reatores; hoje ela opera onze. O nuclear dá uma certa independência energética, como na França. Se você o abandona, dependerá do carvão, do petróleo e do gás, cujos preços vêm aumentando muito. E como, então, combater o aquecimento global?
A energia nuclear é parte da solução. As energias renováveis não conseguem garantir uma produção de base. Sejamos realistas: para os próximos cinquenta anos, precisaremos da energia nuclear. Países com grandes populações, como a Indonésia e o Vietnã, são candidatos. A Turquia acaba de confirmar projetos. E outros se juntarão à lista...
 
Le Monde: Que tipo de regulamentação seria desejável, e com base em que padrões?
ElBaradei: Os padrões da AIEA são um ponto de referência. E você pode somar a eles padrões nacionais complementares. As auditorias das usinas devem ser obrigatórias. Hoje elas não são, e é uma grande falha no sistema de segurança internacional. Se um país quer utilizar a energia nuclear, ele deve aceitá-las. Pois se um acidente ocorre, ele tem consequências mundiais.
Chegou a hora das auditorias realizadas por especialistas internacionais independentes. Depois de Chernobyl e de Fukushima, os países não podem mais se esconder atrás do argumento segundo o qual a segurança cabe à soberania nacional. Em nosso contexto de globalização, esse conceito de soberania mudou. Um exemplo: as pandemias, que um país não pode combater sozinho. Um país que tenha optado pela energia nuclear deve aceitar que seus vizinhos e o resto do mundo exijam que seus reatores sejam seguros.
 
Le Monde: Como incentivar os governos a irem por esse caminho?
ElBaradei: A pressão da opinião pública é importante, pois os governos são “animais” que se movem lentamente. É preciso que certos países lancem o movimento, aceitando auditorias obrigatórias efetuadas por peritos estrangeiros, em um contexto definido internacionalmente. Quanto mais numerosos eles forem, maior será a pressão sobre os países que não se submeterem ao protocolo. Além disso, é preciso buscar um compartilhamento internacional das avaliações. Nesse sentido, a criação de uma “força de ação rápida multinacional”, proposta por Nicolas Sarkozy é uma boa ideia.
 
Le Monde: A transparência lhe parece suficiente?
ElBaradei: Não! Os atores do programa nuclear, tanto os governos quanto as operadoras, devem ser mais transparentes, o que não faz parte de sua cultura. Essa fonte de energia deve ser alvo de um debate público. As pessoas têm o direito de ter explicações, mesmo que isso perturbe a abordagem elitista da indústria nuclear.

A transparência é a chave para que a opinião pública aceite a energia nuclear. Ela deve estar presente na segurança, mas também nos custos reais, desde a construção até o desmantelamento, se você quiser uma verdadeira concorrência no setor da energia. Essa falta de transparência foi notável no Japão.
É preciso também solucionar o problema do armazenamento dos resíduos não tratáveis. A meu ver, seria preciso dispor de dois ou três países para armazená-los, não mais do que isso. A Rússia poderia ser um deles. Essa atividade poderia ser muito rentável.
 
Le Monde: Que papel as autoridades nacionais de segurança devem exercer?
ElBaradei: Elas devem primeiramente ser independentes, como é o caso da França ou dos Estados Unidos, para poder dizer claramente em que momento um reator deve ser interrompido. É ainda mais importante pelo fato de que a duração da operação dos reatores tem sido prorrogada atualmente. A proximidade excessiva entre agências reguladoras e operadoras foi uma das fontes do problema em Fukushima.
 
Le Monde: O que pressupõe que essas reguladoras possuam meios...
ElBaradei: É verdade, é preciso lhes dar meios de verdade, sejam eles nacionais ou internacionais. A tecnologia nuclear é muito sofisticada e, portanto, complexa para monitorar. Infelizmente, os governos geralmente só reagem após sofrerem choques. Foi preciso ocorrer o desastre de Chernobyl para que fosse implementado um sistema mais  vigiado de segurança. Depois, o 11 de setembro para que se preocupassem com o risco de terrorismo. O orçamento da AIEA (cerca de 320 milhões de euros) para essas questões é ridículo. Seria preciso no mínimo dobrá-lo.

As armadilhas de financiar a Primavera Árabe

Milhares de pessoas vãos as ruas de Bayda, Líbia, protestar contra o ditador Muamar Al-Khaddafi
À medida que a Primavera Árabe se transforma em outono, as instituições ocidentais que emprestam dinheiro enfrentam questões extremamente delicadas em suas iniciativas de apoio ao desenvolvimento social em países que lutam para emergir de décadas de estagnação.

Governos e instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco de Investimento Europeu foram muito rápidas em oferecer ajuda financeira ao Egito, Tunísia e outros países do Oriente Médio que estão dando passos hesitantes em direção à democracia.

Mas qualquer que seja o motivo por trás das ofertas – benevolência, incentivo à uma governança ao estilo ocidental ou ajuda para a expansão de empresas ocidentais – o modelo tradicional usado pelos credores multilaterais parece cada vez menos apropriado para a região e difícil de implementar, dizem os analistas.

“Há uma contradição potencial no fato de que o modelo econômico de que esses países precisam, e que está em oferta, perdeu a credibilidade”, disse Mark Malloch Brown, ex-vice-secretário geral da ONU. “Os programas econômicos liberais que esses países tenderam a adotar nos últimos anos estavam comprometidos pelos regimes, que enriqueciam a si mesmos e a seus amigos.”

Encontrar um modelo econômico para substituir o pseudo capitalismo é essencial para lidar com outros problemas prementes da região, que incluem o alto desemprego, orçamentos apertados, alta inflação, e falta de investimento.

O FMI estima que Egito, Jordânia, Líbano, Marrocos, Síria e Tunísia todos tenham taxas de desemprego de cerca de 11%, que quase não mudaram ao longo das duas últimas décadas. O desemprego dos jovens em média excede os 40%.

O Egito, Iêmen, Tunísia e Síria devem experimentar recessão este ano à medida que a atividade econômica se contraiu após as revoltas, disse o Instituto Internacional de Finanças recentemente.

Um relatório do FMI em maio disse que as necessidades de financiamento externo de países importadores de petróleo do Oriente Médio e do Norte da África passarão dos US$ 160 bilhões ao longo dos próximos três anos.

Este mês, líderes do Grupo dos 8 países industrializados prometeram US$ 38 bilhões para ajudar a apoiar a transição para a democracia em meio a queixas de que muito pouco do pacote de ajuda de US$ 20 bilhões prometido em maio havia se materializado. Estados árabes ricos como o Catar, Kuwait e Arábia Saudita também ofereceram bilhões, bem como aumentar seus gastos para tentar impedir a inquietação interna.

O FMI disse que poderia fornecer US$ 35 bilhões em empréstimos para a região, e o Banco Mundial anunciou planos em maio para emprestar US$ 6 bilhões ao longo de dois anos para o Egito e a Tunísia.

Ao lado dos estados do Golfo, a Europa pode ter um papel central: ela responde por mais de três quartos da exportação de bens da Tunísia, lucros com o turismo, envio de dinheiro por parte de trabalhadores e investimentos.

Uma ferramenta de apoio seria o Banco Europeu de Investimento (BEI), que tem a missão de apoiar a estabilidade e a construção das nações nos países parceiros da União. No início do verão, os membros da União concordaram que o BEI poderia aumentar os empréstimos para o Oriente Médio num processo que deverá ser ratificado em breve. Isso daria ao banco quase US$ 6 bilhões disponíveis em financiamento para a região até 2013.

O Egito deve receber cerca de metade desses fundos para a região, seguido pelo Marrocos, Tunísia e Jordânia. A União Europeia também está oferecendo à Líbia acesso aos empréstimos do BEI, caso um novo governo busque assistência.

Outro veículo será o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, estabelecido em 1991 para ajudar países do leste europeu e da ex-União Soviética a fazerem a transição para economias de mercado e governo multipartidário depois do colapso do comunismo.

Em julho, seu comitê aprovou expandir os empréstimos ao Oriente Médio, como parte de um processo que pode incluir um empréstimo de US$ 2,5 bilhões para a região anualmente. Um fundo inicial poderia começar empresando para o Egito na próxima primavera, concentrando-se na agricultura, manufatura, serviços municipais, transporte urbano e bancos. O objetivo seria atrair investidores privados para compartilhar os riscos.

De forma semelhante, o braço de investimentos privado do Banco Mundial, o International Financial Corp., também está se mobilizando. Mas apesar desses esforços, a resposta da região tem sido mista.

Como a África do Sul após o apartheid, o Egito parece desconfiado dos motivos por trás das ofertas.

“O Egito recebeu a oferta de US$ 17,5 bilhões de diferentes promessas e compromissos”, disse Gouda Adbel-Khalek, ministra egípcia da solidariedade e justiça social. “Muito pouco se materializou e boa parte disso é propaganda. Todo mundo está lutando por uma posição e tentando promover seus próprios interesses.”

Parte da questão parece ser o medo de estar associado com credores ou políticas ligadas ao ocidente ou aos regimes anteriores. Na Tunísia, por exemplo, até setembro de 2010, o FMI ainda se vangloriava do “gerenciamento macroeconômico e das reformas estruturais” do regime do presidente Zine al-Abidine Bem Ali. E o fundo pedia políticas impopulares para conter os gastos públicos com salários, alimentação e subsídios aos combustíveis.

Em junho, os governantes de transição do Egito no Conselho Supremo das Forças Armadas cancelaram os planos de emprestar US$ 3 bilhões do FMI bem como empréstimos do Banco Mundial, argumentando que o governo já tinha cortado seu déficit orçamentário. O conselho indiciou que as condições de empréstimo violariam a soberania, e que temia uma revolta popular contra os termos potencialmente restritivos. Há também um medo de passar uma dívida ainda maior para a próxima geração.

Os europeus em particular terão que lidar com cuidado com os novos governos, tendo assinado acordos de parceria com os antigos ditadores e os cortejado. A Europa também está constrita por sua crise fiscal e não está disposta a ganhar confiança abrindo suas fronteiras para imigrantes do norte da África. E diferentemente do caso do leste europeu, Bruxelas não está disposta a oferecer aos países da Primavera Árabe a possibilidade de entrada na UE. Isso deixa a Europa com pouco a oferecer a não ser empréstimos leves e acesso ao mercado.

Enquanto isso, grupos de pressão foram alertados sobre os efeitos colaterais potencialmente negativos da expansão dos credores multilaterais na região.

A CEE BankWatch Network, uma organização não governamental que monitora instituições internacionais na Europa Central e do Leste, argumenta que é prematuro para o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento financiar o norte da África “quando não está claro, de forma alguma, que tipos de governos se seguirão aos regimes recentemente derrubados.”

Em julho, ele alertou que o BEI e o BERD “operam com ordens políticas vagas” da União Europeia, e que “as instituições políticas da UE exercem controle limitado sobre as atividades bancárias”.

Em junho, duas outras organizações não governamentais, a Counter Balance e a Network for Develpment, levantaram preocupações sobre os danos que a ajuda ocidental poderia causar à transição democrática. Elas argumentaram que instituições de fora vêm promovendo os mesmos modelos econômicos injustos contra os quais os protestos emergiram.

Philippe de Fontaine Vive, vice-presidente do BEI para o sul do Mediterrâneo, disse que os compromissos do banco terão que ser baseados em “fundações sólidas” e nos “seus 40 anos de trabalho na região, bem como os esforços que fizemos para encontrar e discutir com os governos envolvidos.”

Anoush Ehteshami, professor de relações internacionais da Universidade Durham, disse que o investimento estrangeiro será essencial para criar empregos e aumentar o crescimento, mas uma nova abordagem será necessária.

“Apenas dar continuidade ao antigo modelo do FMI não deve ser produtivo no ambiente pós-revolucionário, especialmente com a necessidade inerente de intervenção estatal”, disse ele. “A chave para o Ocidente está em trabalhar em parceria com esses países e outros atores regionais como os estados do Golfo.”

Análise: A aposentadoria de Abbas

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina discursa na Assembléia Geral da ONU
Na sexta-feira passada o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apresentou ao Conselho de Segurança da ONU o pedido de ingresso da Palestina como Estado de pleno direito na organização. O líder palestino de 76 anos, que vem tentando sem sucesso obter esse reconhecimento por meio de negociações diretas com Israel desde a morte do fundador, Iasser Arafat, considerava que já havia feito o que estava ao seu alcance para a criação, mesmo que fosse virtual, de um Estado soberano nos territórios conquistados por Israel em 1967, e afirma-se que abrigava a intenção de se aposentar, mas não sem ter dado antes um soco na mesa.

Abbas não ignorava que a totalidade de seus objetivos era inalcançável; que não haveria ingresso pleno porque os EUA interporiam seu veto no conselho, se esse organismo aprovasse o pedido, mas queria fazer um último gesto de desafio diante do mundo. Arafat tinha dito que a via para a independência passava por demonstrar aos EUA que era de seu interesse a criação do Estado palestino, mas, à margem de se os palestinos fizeram ou não o necessário para demonstrar que é assim, o gesto de Abbas declara estrondosamente que essa estratégia fracassou.

O presidente da AP proclamava que os EUA de Barack Obama, o presidente com maior disposição emocional para a reivindicação palestina, embora não por isso menos incapaz que seus antecessores de transformar sentimentos em realidades, haviam deixado de ser mediadores no conflito, e apenas pela ameaça de veto tinham demonstrado suas verdadeiras cores: as de um aliado implacável de Israel, ao qual pouco importam os direitos nacionais palestinos. Washington não é mais mediador, mas parte do conflito.

Mas, se era essa sua intenção, parece improvável que Abbas possa encerrar comodamente sua carreira. O conselho não tem por que se reunir de imediato e, em um prazo que pode ser indefinido, as pressões de Washington serão novamente insuportáveis para que se resigne a retomar negociações com Israel. É muito verdade que os acordos de Oslo estabelecem como única via para a paz as negociações bilaterais, mas assim como são precisos dois para dançar o tango ocorre o mesmo com a paz. E neste caso sempre há três, mas nunca dois. Três porque a AP nunca está só, mas ladeada pelo Hamas, que rumina sua impotência em Gaza, e com sua negativa a aceitar formalmente a existência de Israel mina a diplomacia de Abbas e dá razão ao governo de Jerusalém, quando este acusa o líder palestino de não ser dono nem de sua casa; e só um porque quando Israel e a AP se veem face a face a negativa sionista a congelar a colonização dos territórios esvazia de sentido a negociação. A alternativa ao veto de Washington seria apresentar um dossiê de ingresso na Assembleia Geral e esperar desta um prêmio de consolação: o ingresso como Estado, mas só a título de observador, sem voto, o que transforma o soco em um sopro.

Israel tem um futuro complicado. Turquia, hostil; e Egito, em irritação crescente, criam uma sensação de estrangulamento diplomático; e a primavera árabe, se algum dia chegar ao verão, criará problemas inéditos ao Estado sionista, como que os principais Estados árabes apoiem a causa palestina, mas então de uma realidade democrática. Israel já enfrentou, no entanto, piores temporais e não se sente especialmente encurralado, e se a ruptura da AP com os EUA se consumar será com um canto de júbilo nos dentes. Diante da Assembleia da ONU, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não hesitou em repetir o conhecido mantra de que Israel havia mais que cumprido a Resolução 242 da ONU com a retirada de Gaza em 2005.

A repisada - e ressabiada - argumentação se baseia em que o texto aprovado pelo Conselho em sua versão inglesa é gramaticalmente ambíguo ao pedir a retirada dos territórios, mas há uma versão francesa igualmente oficial que não deixa lugar a dúvidas. Se os autores da resolução quisessem permitir a Israel uma retirada à la carte, assim o teriam expressado; e por acréscimo lorde Caradon, redator do texto, afastou qualquer equívoco dizendo publicamente que eram todos, todos mesmo.

É possível que esteja começando uma nova etapa do conflito. Mas não que permita ao presidente palestino aposentar-se dizendo "dever cumprido".

Divisões de último minuto: Europa não consegue se unir na questão palestina

A União Europeia está mais distante do que nunca de uma posição comum no conflito do Oriente Médio. Os europeus nem conseguiram concordar com uma declaração conjunta no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Alguns defenderam Israel, outros ficaram do lado dos palestinos, enquanto a Alemanha evitou adotar uma posição clara.

Tudo já estava supostamente resolvido em detalhes. Por uma semana, os diplomatas europeus credenciados na ONU em Genebra vinham trabalhando em uma declaração sobre o status de direitos humanos em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Apesar de atualmente haver somente oito países europeus representados no Conselho de Direitos Humanos da ONU, a posição deveria falar por toda a UE.

Na semana passada, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu o reconhecimento de um Estado palestino independente pela Assembleia Geral da ONU em Nova York. A votação pelo Conselho de Segurança da ONU sobre o pedido deverá ser adiada, mas ainda assim todos os lados estão sob pressão para que tomem uma posição na questão controversa.

As chances de um acordo europeu pareciam boas na segunda-feira (26/9), particularmente porque a última versão do texto tinha um tom balanceado. O bloqueio por Israel da Faixa de Gaza foi condenado, assim como os mais recentes ataques terroristas palestinos contra israelenses. O documento também criticava as execuções desenvolvidas pelo Hamas na Faixa de Gaza e a violência dos colonos israelenses contra os palestinos na Cisjordânia.

Mas isso aparentemente foi demais para alguns amigos de Israel na Europa. Faltando apenas uma hora para o início do debate oficial em Genebra, o representante da Holanda informou que sue país não ia assinar tal resolução. Em um encontro de emergência reunido às pressas, o holandês pegou seu iPhone e leu uma série de exigências em revisões, sem as quais seu país infelizmente não seria capaz de aprovar o documento.

As correções obviamente vinham diretamente do chefe do embaixador holandês, o ministro de relações exteriores, Uri Rosenthal, conhecido por suas políticas pró-Israel. O membro do Partido do Povo pela Liberdade e Democracia (VVD), que também é judeu, apesar de não ser religioso, também é casado com uma israelense.

 

A Holanda se afasta da posição da UE

Ele instruiu seus diplomatas em Genebra que corrigissem uma série de formulações da declaração, entre elas inúmeras referências a uma “solução de dois Estados” –isto é, a fundação de um Estado palestino ao lado de Israel. O ministro de relações exteriores tampouco quis mencionar as prisões por Israel de ativistas de direitos humanos que faziam uma manifestação pacífica ou a destruição de casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que forçou a remoção de palestinos.

E essa postura foi tomada apesar de um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU confirmar que o governo israelense reforçou as ordens para destruição de casas desde o início do ano. De acordo com o relatório, cerca de 387 construções foram destruídas desde janeiro, entre elas 140 prédios residenciais, desabrigando 755 palestinos. Mais palestinos foram removidos na primeira metade de 2011 do que em todo o ano passado, acrescenta o relatório.

As mudanças de Haia não foram bem recebidas por outros diplomatas europeus. Apesar de alguns estarem preparados a negociar questões individuais, tais como as prisões de manifestantes por Israel, a recusa em admitir a necessidade de uma solução de dois Estados –que já é uma posição europeia há anos- foi longe demais.

 

Posição alemã não está clara

A maior parte dos presentes na reunião protestou e expressou espanto que alguns países membros concordassem com os desejos de último minuto da Holanda. A Alemanha, Itália e a República Tcheca declararam que estavam dispostas a aceitar as demandas para que fosse possível uma posição europeia unificada. Enquanto isso, a Suécia, Áustria, România e Eslovênia declararam que a proposta era inaceitável. Assim, logo antes da reunião do conselho, o representante da UE que presidia a reunião de crise não pode fazer nada além de declarar fracasso do debate.

No final, o texto que o grupo tinha concordado inicialmente foi assinado por apenas seis países europeus, entre eles alguns que não estão atualmente no Conselho de Direitos Humanos. A Alemanha poderia ter assinado o documento, mas preferiu não assumir uma posição. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores recusou-se a comentar, citando “deliberações confidenciais”.

Este é o mais recente exemplo de como a coerência da UE está sendo sacrificada em prol de interesses nacionais. Quase ninguém espera mais que a UE apresente um voto unificado se o status palestino for votado na Assembleia Geral da ONU em Nova York. Enquanto isso, os quatro países que atualmente participam do Conselho de Segurança da ONU –Reino Unido, França, Alemanha e Portugal –também não devem concordar com uma posição única.

Assim, a UE praticamente não tem influência sobre o conflito do Oriente Médio. O que aconteceu no Conselho de Direitos Humanos prova que, para se impedir uma posição europeia unificada, israelenses e palestinos precisam apenas que um dos 27 países membros discorde.

Adeus às grandes guerras: EUA têm exército secreto e de elite formado por 25 mil soldados

Mergulhadores de combate americanos emergem das águas em demonstração
A década do "11 de setembro" começou com uma exibição de força avassaladora das forças armadas mais poderosas da história. E termina com um país em que a distância entre a sociedade e os militares se aprofunda, e que não tem apetite para mais conflitos. Os EUA, refratários a enviar novamente dezenas de milhares de tropas a lugares remotos e incompreensíveis, optam com o governo Obama por um novo tipo de guerra secreta, com bombardeios por aviões sem piloto e operações com forças especiais que escapam ao escrutínio público.

Em conversas com historiadores e especialistas em segurança nos EUA, surge um diagnóstico: para a imensa maioria dos americanos, mais de 90% da população que não é militar nem tem parentesco com militares, as guerras desta década foram guerras invisíveis, distantes. Há uma desconexão. Não houve depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, dos quais no domingo se completam dez anos, um discurso de sangue, suor e lágrimas. Ao contrário: o então presidente George W. Bush animou seus compatriotas a consumir.

"Exceto para as famílias dos soldados que serviram várias vezes no exterior e que realizaram sacrifícios enormes, para o resto dos americanos não foi uma ocasião para sacrifício. Não há uma sensação de participação universal", constata Brian Michael Jenkins, que há 40 anos estuda a ameaça terrorista na Rand Corporation, o laboratório de ideias de referência em termos de segurança, cujo maior cliente é o Pentágono. Essa ausência de sacrifício, na opinião de Jenkins, se disfarçou de exibições hiperbólicas de patriotismo.

Um motivo desse distanciamento é que para os EUA, Afeganistão e Iraque foram muito menos letais que guerras anteriores como a do Vietnã. No Vietnã morreram cerca de 60 mil americanos. No Afeganistão, uma guerra mais longa que a do Vietnã, morreram cerca de 1.600. No Iraque, mais de 4 mil. No Vietnã, além disso, o recrutamento era obrigatório, o que socializou a dor. Todas as famílias conheciam alguém que estava na guerra ou que tinha morrido. Hoje não. A superpotência exteriorizou a guerra para os voluntários, um segmento que não chega a 1% da população.

"Nunca diria que o país não se preocupa. Mas as pessoas continuam com suas vidas", diz John McManus, historiador militar na Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri. "Às vezes me pergunto se esse é o motivo pelo qual essas guerras duraram tanto. Só afetam uma parte muito pequena da população, muito respeitada, mas a maioria dos americanos não tem nenhum vínculo com as forças armadas e talvez não conheça ninguém que esteja nelas." O escasso envolvimento social nas guerras reduz a pressão política para terminá-las.

Mas a ausência de vitória no Iraque e no Afeganistão e o custo deixaram marcas. As duas guerras custaram US$ 1,3 trilhão, segundo cálculos recentes. Nesses dez anos o orçamento militar quase dobrou. Há fadiga bélica, entre os cidadãos e os governantes. "Isto pode fazer que o governo e a população sejam muito reticentes em ir à guerra e usar a força militar em grandes proporções. Mas não creio que seja porque estas guerras não tiveram êxito, e sim porque elas duraram tanto e não foram decididas", diz Richard Kohn, professor emérito de história militar na Universidade da Carolina do Norte.

Em fevereiro, o então secretário da Defesa, Robert Gates, disse que "qualquer secretário de Defesa que aconselhe um presidente a enviar novamente um grande exército terrestre à Ásia, ao Oriente Médio ou à África deveria fazê-lo olhar". Há alguns dias, seu sucessor, Leon Panetta, apresentou a intervenção na Líbia, na qual os EUA foram fundamentais mas estiveram em plano secundário, como um modelo para futuras intervenções. Gates e Panetta resumiram o arco que vai de 2001 a 2011, das intervenções terrestres no Afeganistão, e sobretudo no Iraque, a Líbia e a morte de Osama bin Laden em maio.

O número de forças especiais passou de 1.800 antes do 11-S para 25 mil hoje, segundo revelou "The Washington Post", que as define como "o exército secreto dos EUA". Sob a direção do Comando Conjunto de Operações Especiais, esse exército, que incluiu os Navy Seals, o grupo de elite que matou Bin Laden, atua não só no Iraque e no Afeganistão, como em países com os quais os EUA não estão em guerra, como Iêmen, Paquistão, Somália, Filipinas, Nigéria e Síria. Paralelamente, a CIA desenvolveu um braço militar que, entre outros afazeres, controla os bombardeios com aviões teleguiados - ou "drones" em inglês - que liquidaram mais de 2 mil supostos terroristas desde 2001.

A guerra secreta apresenta problemas legais e éticos. As mortes de civis em operações noturnas ou em bombardeios também são contraproducentes para os interesses americanos. E alguns duvidam de sua eficácia.

"A tecnologia é importante, mas os drones só o levam até certo ponto. Afinal, é preciso ter gente em campo que alcance seu alvo final, seja qual for. É muito difícil fazê-lo usando só teleguiados", diz McManus, autor de um livro sobre os soldados rasos desde a Segunda Guerra Mundial até o Iraque.

O professor Kohn prevê que a fadiga bélica provocará mudanças nas forças armadas semelhantes às que aconteceram depois da desmobilização posterior a guerras passadas. Um precedente, ele acrescenta, são os anos 1920 e 30. O tamanho das forças armadas se reduziu, mas adotaram novas tecnologias como tanques, caminhões, aviões e submarinos. Kohn lembra que também foi a época das pequenas guerras em países como Nicarágua ou Haiti. "E de certo modo", conclui, "se lutava do mesmo modo que hoje lutamos contra os terroristas em diferentes partes do mundo, como o Chifre da África e o Sudeste Asiático." Nas guerras futuras ressoam ecos arcaicos.

Alemães devem US$ 95 bi pela 2º Guerra, dizem gregos

Exército Alemão hasteia a bandeira de
guerra nazista na Acrópole de Atenas
Uma suposta dívida de guerra no valor estimado de US$ 95 bilhões poderia ajudar a acertar as contas da Grécia. Se o débito de fato puder ser considerado, o país a honrar o compromisso seria, ironicamente, a Alemanha -país que vem impondo restrições à concessão de auxílio econômico aos gregos.

A dívida em discussão tem origem nos conflitos da Segunda Guerra, quando tropas nazistas ocuparam a Grécia. A ação violenta aconteceu em abril de 1941 e, além de mortes e prejuízos humanos, levou ao colapso a economia grega. O país passou a depender de exportações, e as taxas de inflação sofreram elevação estratosférica. A situação foi agravada quando o Terceiro Reich forçou o Banco Nacional da Grécia a emprestar 476 milhões de marcos sem juros à Alemanha de Hitler.

Com a rendição alemã, em 1945, foi organizada a Conferência de Paris, para que as nações prejudicadas fossem ressarcidas. A Grécia pediu US$ 10 bilhões. Porém tudo que foi estipulado na conferência se tornou irrelevante com a oposição dos EUA, que temiam que as pesadas penalidades econômicas impostas à Alemanha, semelhantes às da Primeira Guerra, criassem novamente ambiente propício ao florescimento de uma ditadura.

Ficou valendo o Acordo de Débitos firmado em Londres em 1953, que ordenou a suspensão dos pagamentos das dívidas até que um tratado de paz fosse assinado. Isso aconteceu em 1990, mas seus termos não obrigavam a Alemanha a ressarcir a Grécia. Mesmo que a dívida de guerra tenha deixado de existir em 1990, ainda restariam os 476 milhões de marcos emprestados pelo banco grego.

A soma valeria hoje US$ 14 bilhões. Adicionando juros de 3% ao ano ao longo de 66 anos, a dívida subiria para ao menos US$ 95 bilhões, dinheiro que poderia ser usado para diminuir o deficit grego, hoje estimado em 300 bilhões (US$ 446 bilhões).

França ameaça atacar o Irã se o país não cessar seu programa nuclear

Japão pode adquirir caças Eurofighter Typhoon

Se a idéia se concretizar, será o fim do monopólio americano de décadas

Eurofighter Typhoon da RAF durante a Air Tattoo 2011, em Fairford, Reino Unido
O Ministério da Defesa do Japão está disposto a negociar com o consórcio internacional Eurofighter a aquisição de caças multifuncionais Typhoon, segundo reconheceu o ministro da Defesa do Japão Yasuo Ichikawa.

A decisão definitiva sobre a possível compra de 42 caças, o que poderia colocar fim ao “monopólio” americano no mercado de aviões de combate no país, será tomada antes de 2012.

O valor do contrato é estimado em US$ 6 bilhões. O “País do Sol Nascente” nunca antes na história havia comprado aviões de combate de europeus, já que seu único provedor sempre foram as empresas americanas.

Atualmente a Força Aérea do Japão são conta em seu inventário aparatos de fabricação americana ou mista, fabricados em conjunto com os EUA, salvo certa quantidade do avião AMC YS-11, desenvolvido e fabricado pelos próprios japoneses. Esse avião está disponível em três versões: de patrulha, transporte e reconhecimento.

No entanto, um rápido envelhecimento da Força Aérea Japonesa fez o governo japonês decidir substituir seus velhos caças F-4EJ e F-15 por caças mais avançados, o que dará a oportunidade da Eurofighter negociar com os japoneses. As negociações entre o Japão e o consórcio europeu já acontecem desde abril, quando na ocasião a concorrência para aquisição de novos caças foi anunciada pelo governo japonês.

Da concorrência participam as empresas americanas Boeing e Lockheed Martin, assim como a britânica BAE Systems (uma das acionistas da Eurofighter junto com a franco-alemã EADS, a italiana Alenia Aeronautica e a espanhola EADS CASA), que propuseram à Força Aérea Japonesa os caças multifuncionais F/A-18 Super Hornet, F-35 Lightning II e Typhoon, respectivamente.

“Se eles (os EUA) não querem vender o F-22, enquanto o F-35 não esta pronto, todavia, no mercado há várias ofertas de caças que nos convém”, comentou Ichikawa. Segundo fontes, a decisão se deve ao fato dos EUA se negar a proporcionar ao Japão informação sobre o caça F-22A Raptor, um caça de quinta geração muito cobiçado pelos japoneses, do modo que é o mais caro do mundo. A venda dessa caça em especifico é proibida pelo governo americano.

De momento o Japão quer substituir 42 caças, a maioria são os venerados veteranos F-4EJ. Entranto, com a aposentadoria dos velhos F-15J, a demanda de aviões poderia aumentar para 150 caças.

Por outro lado, o Japão estão desenvolvendo um protótipo de uma avião de quinta geração com tecnologia que permite deixa-lo invisível ao radar. Essa informação foi confirmado em março deste ano pelo general Hideyuki Yoshioka, diretor de desenvolvimento de sistemas aéreos do Ministério da Defesa.

“Se os países que ceram o Japão tem a capacidade “stealth”, o Japão necessitará desenvolver essa tecnologia para garantir a auto-defesa”, disso na ocasião o general, em uma clara alusão a China e Rússia, que estão em processo avançado (principalmente a Rússia) de desenvolvimento de caças multifuncionais de quinta geração capazes de competir com o F-22 americano.

Arsenal nuclear teria evitado ataque da OTAN à Líbia, afirma Pyongyang

Funcionários do alto-escalão do governo norte-coreano estimam que se o líder líbio Muammar Al-Gaddafi tivesse conversado do arsenal nuclear, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não haveria bombardeado o país africano, revelou uma fonte britânica.

O embaixador britânico na Coréia do Norte, Peter Hughes, disse ontem (28) a jornalistas sul-coreanos no fórum Kwanhun Club que está declaração fora feita durante conversas com membros do governo norte-coreano.

O diplomata acrescentou que os norte-coreanos deixaram muito claro que sua prioridade é a desnuclearização total da península da Coréia. 

Irã não quer “linha direta” com os EUA no Golfo, afirma ministro da Defesa

Forças Navais da Guarda Revolucionária participam de manobras militares militares
no Estreito de Hormuz em 22 de abril de 2010
O ministro da Defesa do Irã, o brigadeiro-general Ahmadi Vahidi, rechaçou ontem (28) a idéia lançada por autoridades militares americanas de instaurar uma “linha direta” entre ambos os países para evitar qualquer intempestivo na região do Golfo Pérsico, informou a agência de notícias iranianas FARS.

“Não temos a necessidade de tal linha na região. Eles (os EUA) querem que haja uma linha direta para solucionar os problemas em caso de tensão, e nós cremos que se eles não estivessem na região, não haveria tensão”, declarou o general Vahidi.

Mike Mullen, chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas Americanas, lamentou no último dia 20 de setembro a ausência de “laços de comunicação direta” com o Irã.

“Não temos comunicação direta com o Irã desde 1979 e pense que isto causa muitos erros e juízos” e por tanto a escalada de tensões”, declarou o almirante Mike Mullen.

Mullen recordo que o mesmo aconteceu “durante os dias mais negros da Guerra Fria, quando os americanos não tinham laços com a União Soviética”.

“Então, se ocorre qualquer coisa, seguramente não faremos bem as coisas, haverá erros de juízo, o que seria muito perigoso para esta parte do mundo”, disse Mullen.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Irã responderá ataques cibernéticos americanos, diz comandante

Brigadeiro-general Ali Shadmani
O Irã “retribuirá” os ataques cibernéticos americanos e de seus aliados, afirmou nesta quarta-feira (28) o chefe do Departamento de Operações das Forças Armadas Iranianas, o brigadeiro-general Ali Shadmani.

As declarações de Shadmani fora reproduzidas pela agência de notícias iraniana IRNA.

Shadmani disse que os inimigos da República Islâmica tentaram de todas as formas, em diferentes domínios, seja ele econômico, cultura, social, militar e da segurança desferir golpes por mais de três décadas à República Islâmica, mas isso não resultou em nada.

O brigadeiro-general também disse que todas as organizações anti-revolução e organizações terrorista do Irã foram criadas e financiadas pelos EUA, Reino Unido e Israel.

Shadmani disse que as organizações terroristas Pjak e MKO foram enfraquecidas e estão se preparando para depor às armas. Isso resultado de uma massiva operação anti-terrorista levada à cabo por Teerã nas últimas semanas. Segundo o brigadeiro-general, os militares iranianos chegaram a incursionar em território iraquiano para atingir posições separatistas e que a Guarda Revolucionária engajou posições terroristas em regiões de fronteira.

Irã resgata pagamento inicial dos sistemas antiaéreos S-300

Ahmad Vahidi, ministro da Defesa do Irã
O Irã resgatou o pagamento inicial que tinha feito para fabricação dos sistemas de defesa antiaérea russos S-300, disse nesta quarta-feira o ministro da Defesa do Irã, o brigadeiro-general Ahmad Vahidi.

O ministro da Defesa do Irã fez essa declaração durante uma cerimônia realizada para comemorar o lançamento da fabricação em massa dos mísseis de cruzeiro anti-navio “Ghader”.

Vahidi observou que o Irã tinha apresentado uma queixa junto ao tribunal de arbitragem para buscar uma compensação por parte de Moscou por se recusar a entregar os sistemas S-300.

Sob um contrato assinado em 2007, a Rússia era obrigada a fornecer ao Irã pelo menos cinco sistema S-300.

A Rússia tem se recusado a entregar os sistemas para o Irã, sob o pretexto de que o fornecimento sistema viola a Resolução 1929 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O Irã rejeitou a justificação da Rússia, uma vez, segundo o Irã, o sistema é estritamente defensivo. Armas “defensivas” não foram proibidas em nenhum das outras três resoluções contra o Irã.

O sistema S-300 russo é um sistema de mísseis antiaéreos de longo alcance, produzido pela empresa NPO Almaz. O sistema foi concebido para defender na antiga União Soviética para proteger as instalações estratégicas de ameaças aéreas (caças, bombardeiros e helicópteros), bem como mísseis de cruzeiro.

Irã está planejando construir porta-aviões

Vice-comandante da Armada Iraniana, o capitão Mansour Maqsoudlou, anunciou que Irã tem planos de projetar e construir porta-aviões

O  destroier Jamaran foi o primeiro navio do tipo a ser fabricado pelo Irã
Os projetos iniciais para a construção de porta-aviões foram aprovados e o processo, desenho e fabricação começará em breve, revelou à agência de notícias iraniana IRNA o capitão Mansour Maqsoudlou.

O comandante iraniano apontou para as capacidades da Marinha Iraniana para efetuar o trabalho, apesar de natureza demorada do processo de construção de um porta-aviões.

A Marinha Iraniana estabeleceu uma agenda para a produção de diferentes classes de navio, alguns dos quais estão sendo produzidos em massa, enquanto outros passam por processo de estudo, disse Maqsoodlou.

Maqsoodlou mais uma vez atentou para a capacidade da Marinha Iraniana em atualizar os equipamentos de sua frota.

Desde a Revolução Islâmica em 1979, o Irã vem embarcando em uma campanha para a auto-sufiência de sua indústria bélica e já lançou muitos projetos, como por exemplo, o destroier Jamaran, que foi apresentado ao mundo no ano passado.

A bem da verdade é que o tal destroier iraniano desloca pouca tonelagem, cerca de 1.420 toneladas, mas ele está equipado com modernos radares e outros sistemas de guerra eletrônica o que lhe da uma capacidade excepcional para patrulhar as águas do Golfo Pérsico.

O Irã também fabrica tanques de batalha, caças, sistemas anti-aéros, radares, helicópteros, mísseis de todos os tipos e mísseis balísticos.

Fotos das manobras militares "Escudo da União - 2011"










































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